ADUNEB apoia o V Congresso de Pesquisadores(as) Negros(as) da Região Nordeste o VII Acampamento Terra Livre

Ouvir notícia

Com um olhar sensível e voltado para a sociedade, a ADUNEB apoia a realização de dois importantes eventos que ocorrem esta semana, em Salvador. A seção sindical apoia e sedia algumas mesas do V Congresso de Pesquisadores(as) Negros(as) da Região Nordeste – 2025, que acontecerá entres os dias 03 e 07 do mês de novembro, no Campus I da Universidade do Estado da Bahia. Também apoia e participa do VII Acampamento Terra Livre (ATL) que começou neste domingo (02) e segue até quinta-feira (06).

Com o tema “Clima e Território: duas lutas, um direito”, o ATL prevê reunir mais de 1.800 indígenas de diversas etnias na capital baiana, além de representantes de movimentos sociais de todo o Estado. Promovido pelo Movimento Unidos dos Povos e Organizações Indígenas da Bahia (Mupoiba), o evento, que acontece no Centro Administrativo (CAB), se configura como um espaço de resistência e articulação entre os povos indígenas, com foco na promoção e no fortalecimento de políticas públicas e alianças entre as lideranças indígenas e os movimentos ligados à defesa dos direitos humanos, ambientais e territoriais. As principais pautas dos encontros que ocorrerão durante cinco dias são a demarcação de territórios, o acesso a políticas públicas essenciais, a segurança das comunidades e o enfrentamento das mudanças climáticas que afetam os territórios e modos de vida tradicionais.

Já o COPENE, uma realização da Associação de Pesquisadores(as) Negros(as) da Bahia (APNB) e da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) (ABPN), tem como tema “Malês 190 anos: legado ancestral e a continuidade das lutas”. O evento convoca ao exercício da memória histórica, a afirmação da ancestralidade negra, assim como para o enfrentamento frente às desigualdades de oportunidade e sociais, quando busca estimular e fortalecer a produção de conhecimentos que pulsa e se forma em cada canto do país e dos campi/departamentos da UNEB. “É de extrema importância que um sindicato consciente de seu papel esteja engajado em atividades como esta que reforçam o protagonismo negro na produção e conhecimento, nas ciências, nas literaturas africanas e afro-brasileiras, nas epistemologias decoloniais, na educação das relações étnico-raciais, se constituindo numa força transformadora no âmbito da universidade pública”, afirma Edson Fernando Oliveira Silva, Coordenador de Subseções Departamentais da ADUNEB.

A ADUNEB busca cada vez mais estreitar seus laços com os movimentos sociais a fim de fortalecer os enfrentamentos necessários para a defesa de pautas identitárias, sociais e políticas. Apoiar atividades como estas é ir na contracorrente, sendo resistência diante do enfraquecimento dos movimentos de massa, da ausência de um projeto anticapitalista efetivo e da ascensão do fascismo.

Voltar ao topo