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ADUNEB participa do Cortejo 2 de Julho, que marcou os 200 anos da Independência do Brasil na Bahia



 A maior e mais importante celebração cívica da Bahia, o Cortejo do 2 de Julho, que marca a Independência do Brasil na Bahia, contou novamente com a participação do Movimento Docente da ADUNEB e das demais associações docentes das universidades públicas estaduais. Em ação unificada com vários sindicatos do funcionalismo público, as professoras e os professores ocuparam as ruas e seguiram em marcha no percurso de 3 km, que vai do Largo da Lapinha até a Praça da Sé, no Pelourinho, em Salvador.

ADUNEB somando forças com vários sindicatos do funcionalismo público estadual

O cortejo deste ano foi prestigiado pelo presidente Lula, celebrou os 200 anos da Independência na Bahia. Uma das tradições do 2 de Julho é a presença de movimentos sociais, populares, sindicais e de outras organizações políticas, que aproveitam a visibilidade do evento para reivindicarem as pautas das respectivas categorias. Nesse contexto, o bloco composto por diversos sindicatos do funcionalismo público baiano, com faixas, bandeiras, fanfarra, camisas temáticas e cartazes, ressaltou o descontentamento da categoria com o reajuste da inflação de apenas 4%, aplicado pelo governo estadual. O objetivo é sensibilizar o governador Jerônimo Rodrigues para a abertura de negociação. 
 
Servidoras/es na rua e em luta por direitos
 
Filiada à ADUNEB, a professora do Campus de Juazeiro, Márcia Guena, viajou mais de 500 km exclusivamente para somar forças ao bloco das/os servidoras/es públicas/os. “É o momento de estarmos na rua, de reivindicarmos nossos direitos, principalmente diante da política do governo do estado para com as universidades públicas. Conseguimos uma pequeníssima conquista (reajuste salarial) no começo do ano, mas não é apenas disso que as universidades precisam, necessitamos de prioridade política. Estamos na rua para falar ao Estado que respeite as universidades, as professoras, os professores e o papel que temos de transformação da sociedade”, afirmou Márcia.
 
Luta unificada
 
Docente do Campus de Jacobina, Salomão Cleomenes, não apenas viajou para participar do Cortejo junto à ADUNEB, como também organizou uma caravana com 13 estudantes da UNEB do Campus IV. Além de reivindicar as pautas da categoria, ele considera fundamental fortalecer a articulação do Movimento Docente com outros segmentos da universidade. “Estar aqui com discentes é a oportunidade de promover uma articulação importante, que é essa efervescência entre docentes e estudantes. A luta não é apenas pela questão salarial, como frisei para os discentes que vieram para esse movimento. O mais importante é a defesa da universidade pública como um todo”, explicou Cleomenes.
 
Professor Salomão e parte da caravana de estudantes de Jacobina
 
Defesa da diversidade
 
Para além da pauta sindical, o Coordenador de Comunicação da ADUNEB, João Borges, que também esteve no Cortejo, comentou sobre a importância do 2 de Julho como representação de um grito de liberdade das comunidades oprimidas. “Um dia em que todos os movimentos sociais, populares, sindicais, evocam e celebram a luta das nossas heroínas e heróis da história da rebeldia em nosso país, da nossa formação identitária, a nossa formação enquanto nação. Hoje, a ADUNEB trouxe para as ruas também as suas bandeiras e preocupação com a diversidade de gênero, o respeito à vida, a todas as formas de amar, o respeito às mulheres, aos povos indígenas. Pautas fundamentais e que estão presentes em nosso dia a dia de lutas”, comentou o professor Borges.
 
ADUNEB na luta pela diversidade e em defesa das comunidades oprimidas
S.O.S. Planserv
 
Outro movimento importante que esteve no Cortejo foi o S.O.S. Planserv, um coletivo de articulação por melhorias no plano de saúde, que não tem atendido de forma minimamente satisfatória a categoria. Docente do Campus da UNEB de Salvador e integrante do movimento, Lilian Marinho comentou sobre a participação no 2 de Julho. “Estamos na etapa de dar maior visibilidade ao movimento, de conseguir ainda mais adesões. Nós estamos acumulando denúncias para entregar na próxima reunião, no dia 10 de julho, à Promotora de Justiça do Ministério Público, Rita Tourinho. A expectativa é que a ação resulte em um Termo de Ajuste de Conduta, encerrou a professora Lilian.