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ADUNEB participa de encontro do MST



A ADUNEB esteve presente na assembleia e café da manhã camponês com amigos do Movimento Sem Terra, nesta terça-feira (20). O encontro aconteceu no Assentamento Bela Manhã, próximo à Teixeira de Freitas, no Extremo Sul da Bahia, e a seção sindical foi representada pelo professor Halysson Fonseca, coordenador da subseção departamental da ADUNEB no campus X. A atividade foi permeada por música, por mística e pela construção coletiva de famílias camponesas que reafirmaram a cultura do povo do campo. 

A assembleia contou com a presença de amigos, figuras públicas, sindicalistas de diversos segmentos, representantes da Universidade do Estado da Bahia, da coordenação de área e das direções Regional, Estadual e Nacional do MST. A proposta da atividade faz parte da campanha de vivências que o Movimento Sem Terra tem pautado, com objetivo de estabelecer diálogos com a sociedade civil. 

Os principais pontos da pauta foram a CPI do MST, os ataques que agronegócio está tentando infligir ao movimento e a todos os movimentos populares e as conquistas nesse período; contemplando também uma importante análise de conjuntura que aponta, para além dos desafios, as tarefas que estão postas para a classe trabalhadora.

Para o professor Halysson Fonseca, a atividade atingiu seu objetivo por ter conseguido reunir vários sindicatos, em torno da questão dos ataques que os movimentos sociais e os povos indígenas vem recebendo no Brasil, sobretudo, na Bahia. Destacou também a oportunidade de partilhar ideias e programas de resistência no Extremo Sul da Bahia. "A ADUNEB se fez presente no sentido de apoiar os movimentos sociais que lutam por justiça, dignidade e pela garantia dos direitos constitucionais à terra por parte de camponeses, indígenas e quilombolas". Halysson também ressaltou como parte importante da discussão o papel político das empresas de celulose nos movimentos antidemocráticos e de intimidação e coação das populações tradicionais e camponesas na região. "O papel político dessas empresas não pode ser negligenciado. É um papel desempenhado nas bases que, além de dividir as categorias e grupos sociais, implementa e expande o seu projeto de destruição do meio ambiente e da perspectiva social da terra", enfatizou o professor.