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Caravana Intercultural vai ao Extremo Sul (BA) e reivindica proteção e justiça à população indígena



 Professoras e professores da UNEB e representantes de mais 24 entidades da Bahia e de outros estados da federação participam, neste final de semana, da I Caravana Intercultural Indígena. O objetivo é denunciar e chamar a atenção das autoridades para os ataques e as perseguições sistemáticas contra as comunidades indígenas na Bahia, a exemplo do que acontece com os Pataxó no Extremo Sul do estado. A atividade acontece de 14 a 17 de outubro, na região da Costa do Descobrimento, e é organizada pela Associação dos Docentes da UNEB (ADUNEB) e pelo Centro de Estudos e Pesquisas Intercultural da Temática Indígena (CEPITI – Campus da UNEB de Teixeira de Freitas).

Além de docentes da UNEB e de outras instituições de ensino superior, a caravana é composta por estudantes, representações de organizações governamentais, não governamentais, políticas e indigenistas. A presença dessas entidades, articuladas em rede, almeja reivindicar das autoridades proteção para indígenas da região e o fim da impunidade daqueles que contratam mercenários e pistoleiros para assassinar os povos originários e tomar posse do que restaram de suas terras.

A coordenadora geral da ADUNEB, Ronalda Barreto, afirma que a proposta da caravana surgiu a partir do assassinato a tiros do jovem Pataxó de 14 anos, Gustavo Conceição da Silva, em 4 de setembro, em Comexatibá. “A morte de Gustavo foi a gota d’água em uma situação que já era crítica. A comoção nos moveu a buscar maneiras de expressar nossa indignação. Queremos despertar a atenção das autoridades, da FUNAI, da Justiça Federal e de demais autoridades para que se apure com rapidez e puna exemplarmente os criminosos responsáveis, seus financiadores e mandatários”, explica a professora.

Entre as entidades parceiras que integram a caravana, estão a Defensoria Pública do Estado da Bahia, Ministério Público da União, UNEB, Universidade Federal do Sul da Bahia, ANDES – Sindicato Nacional, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Conselho Nacional de Direitos Humanos, Associação Nacional de Ação Indigenista, Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia, Sindibancários e Associação Brasileira de Imprensa.