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Docentes da UNEB fazem novas reclamações sobre o Planserv



 Procurada por docentes da UNEB, a coordenação da ADUNEB recebeu novas críticas sobre o Planserv. Dessa vez, o problema é um hospital de Lauro de Freitas, localizado na região do aeroporto, que tem informado aos clientes o descredenciamento do referido plano de saúde a partir de 16 de outubro deste ano. Por telefone, a Central de Marcação de Consultas confirmou à reportagem da seção sindical o término da parceria. No site oficial do hospital o Planserv já não consta entre os 26 planos de saúde conveniados. Questionada sobre o motivo do descredenciamento, a representante do hospital declarou ser por “questões administrativas”.

Segundo a coordenação da ADUNEB, as reclamações da categoria docente relacionadas ao Planserv são recorrentes. Na tentativa de auxiliar as professoras/es, no final de 2021, a coordenação da seção sindical fez uma reunião com a gestão do plano de saúde. Na ocasião, a ADUNEB relatou a difícil realidade dos municípios do interior da Bahia que não possuem ou têm a atuação precária do Planserv. Segundo os representantes da entidade, que reconheceram a veracidade das críticas, o problema ocorria devido ao baixo interesse das clínicas locais em se credenciar ao plano. Informaram ainda que fariam um novo chamado de credenciamento aos consultórios e hospitais do interior.

No site da seção sindical constam várias notas e posicionamentos da direção da ADUNEB aos problemas do Planserv, que impactam negativamente a saúde e o bolso das/os servidoras/es públicas/os da Bahia. Em uma dessas publicações, em setembro de 2020, a coordenação manifestou-se criticamente a uma nova oneração do Planserv imposta ao funcionalismo público (leia aqui).

Em 2018, a partir da Lei 14.032/18, o governador Rui Costa cortou 50% dos repasses do estado ao plano de saúde. Na prática, significou uma redução de investimentos de aproximadamente R$ 200 milhões e a intensificação do desmonte da saúde pública. A consequência, sentida pelas/os professoras/os, foi a queda na qualidade e no atendimento realizado pela rede referenciada no interior no estado, além do estabelecimento de limites mensais de autorizações para consultas, exames e procedimentos médicos. O aumento do número de descredenciamento de instituições é outro fator que preocupa às/os docentes.

Sobre as críticas do funcionalismo público ao plano de saúde, em uma reunião realizada em 30 de junho deste ano, entre representações de classe do serviço público estadual e da gestão do Planserv, a coordenadora-geral do plano de saúde, Maria do Socorro Brito, negou que estivesse ocorrendo o descredenciamento de unidades, a diminuição nos atendimentos ou a redução de médicos. Porém, na prática, o que nota-se são as contínuas reclamações, trabalhadoras e trabalhadores que pagam pelo plano de saúde e, no momento que necessitam da contrapartida, têm suas demandas negadas ou mal atendidas.