Notícias

ADUNEB promove o painel “Mulheres negras no parlamento: desafios e perspectivas”



 No contexto do Julho das Pretas e do Mês da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, a ADUNEB promove o painel “Mulheres negras no parlamento: desafios e perspectivas”. A atividade, que terá a participação de várias mulheres negras que exercem papéis de liderança em suas áreas de atuação, será realizada na próxima terça-feira (26), às 16h30, no Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos (CEPAIA / UNEB), localizado na rua do Passo, nº 4, Santo Antônio Além do Carmo, Centro Histórico de Salvador. O evento também se soma ao Movimento #CEPAIAFICA, que luta para que a entidade não seja expulsa de sua sede, local em que permanece há 22 anos (leia mais).

O painel terá como convidadas Nilza Martins (coordenadora licenciada da ADUNEB e pré-candidata a deputada estadual), Marta Rodrigues (vereadora de Salvador e pré-candidata a deputada federal), Caroline Lima (professora da UNEB e pré-candidata a deputada federal), Vilma Reis (socióloga e pré-candidata a deputada federal), Laina Crisóstomo (co-vereadora em Salvador e pré-candidata a deputada federal), Olívia Santana (deputada estadual e pré-candidata à reeleição), Maria Marighella (vereadora em Salvador e pré-candidata a deputada federal), Márcia Ministra (socióloga e pré-candidata a co-deputada estadual) e Lucinha do MST (liderança do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e pré-candidata a deputada estadual).

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, em 2020, as mulheres negras representavam apenas 2% do Congresso Nacional. Para a Coordenadora da pasta de Gênero, Etnia e Diversidade da ADUNEB, Irê Oliveira, os números da pesquisa evidenciam o tamanho do preconceito, do racismo e do machismo estrutural presentes na sociedade patriarcal brasileira. “Em 2022, a conquista do voto feminino completa 90 anos no Brasil. Quase um século depois, temos muito pouco a comemorar. Embora o TSE informe que somos 53% do eleitorado brasileiro, as barreiras impostas pela sociedade fazem com que as mulheres ainda tenham pouca participação nos espaços públicos de poder. Quando o recorte é apenas para as mulheres negras, a falta de equidade é ainda maior”, afirmou a professora.

Diálogo com a população

Com o intuito de socializar experiências e conhecimentos, após o painel realizado no CEPAIA, um coquetel será servido às pessoas presentes. O objetivo é propiciar mais um momento democrático, em que o público terá a oportunidade de dialogar com as pré-candidatas, conhecer um pouco mais sobre as lutas, desafios, histórias de vida e a força e influência da ancestralidade de cada uma delas na construção de projetos por um estado e país mais justos.

Representatividade importa!
#CEPAIAFICA