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O impacto da monocultura do eucalipto no Extremo Sul da Bahia



No dia 29 de março, o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) promoverão uma audiência pública para tratar dos impactos da monocultura do eucalipto sobre as comunidades quilombolas do Extremo Sul da Bahia. A audiência será realizada no no Campus Afirmativo Paulo Freire da UFSB e terá transmissão ao vivo pelo Canal Extremo Quilombo.
 
A audiência é resultado da luta das comunidades quilombolas da região, que há anos vêm exigindo das instituições públicas o respeito à normatização de licenciamento ambiental que deveria proteger os interesses e direitos da comunidade, impedindo os profundos impactos decorrentes da exploração do eucalipto que envolvem ameaças contra os recursos naturais, o acesso à terra, à memória, à saúde e às atividades cotidianas dos remanescentes quilombolas.
 
A monocultura do eucalipto é baseada em políticas públicas ambientais discriminatórias que evidenciam o racismo ambiental, invisibilizando as demandas das comunidades quilombolas do Extremo Sul da Bahia e ameaçando sua memória e seus direitos.
 
A ADUNEB, junto a outras entidades sindicais, associações e movimentos sociais, se une e apoia a luta das comunidades quilombolas do Extremo Sul da Bahia que é do interesse de todos. Essa é uma luta que busca fazer valer o respeito aos Direitos Humanos, à Constituição, às leis de proteção ao meio ambiente, à saúde e à história das comunidades tradicionais do país.