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Eunápolis em defesa do Campus XVIII!



Professoras e professores do DCHT-XVIII articulam movimento em defesa do campus de Eunápolis no dia 20, contra mais um ataque do Governo do Estado da Bahia às instituições públicas de educação. Em 16 de agosto deste ano, o Governo do Estado da Bahia revogou o Termo de Cessão de Uso n° 012/2017, publicado no DOE de 03/06/2017, no qual cedia terreno que pertencia ao Colégio Clériston Andrade para a construção do prédio próprio do DCHT-XVIII, que, desde a sua implantação, vem funcionando em imóvel contratado via comodato. Documento encaminhado à Reitoria da UNEB solicita a retomada da área para promover a ampliação do Complexo Integrado de Educação de Eunápolis – CIE de Eunápolis.

Na área de 12,7 mil metros quadrados contígua ao colégio, seriam construídas 20 salas de aulas e a estrutura para o funcionamento do Departamento de Ciências Humanas e Tecnológicas, que possui, aproximadamente, 500 alunos. Atualmente, a UNEB Eunápolis oferece cursos de graduação e pós-graduação e, por intermédio de programas e ações extensionistas em convênio com organizações públicas e privadas, beneficia centenas de cidadãos da Costa do Descobrimento, a maioria pertencente a segmentos social e economicamente desfavorecidos. A construção da sede própria da instituição seria mais um passo importante no fortalecimento de uma universidade pública, democrática e inclusiva. No entanto, o Governo do Estado tem demonstrado trilhar em direção contrária, quando são observados os incessantes ataques aos direitos de trabalhadoras e trabalhadores das universidades estaduais, importante patrimônio da população baiana. 

O Conselho Departamental do Campus XVIII, reunido em 15 de setembro, deliberou por não aceitar a retomada da área remanescente do Colégio Clériston Andrade. Nessa mesma ocasião, protocolou, via sistema SEI, uma solicitação à Reitoria da UNEB para que não seja convalidado o Termo de Devolução apresentado pela Secretaria de Educação. 

A ADUNEB está ao lado de Eunápolis nesta luta e convoca toda a comunidade acadêmica, movimentos sociais e a população da região para o ato do dia 20 de outubro, às 9h, que irá ocupar o terreno e lutar contra mais esse ataque à universidade. Ronalda Barreto, Coordenadora Geral da ADUNEB, afirma que é fundamental compreender as circunstâncias desse processo e denunciar amplamente que essa retomada do terreno compõe uma série de ações que têm sido empreendidas não apenas em âmbito estadual, mas também federal; ações que atacam a universidade a partir da desqualificação institucional. "A população tem direito aos serviços prestados pela universidade e precisa estar atenta. Nossa luta é por serviços públicos de qualidade para todas as pessoas", completa. 
 

As universidades foram fundamentais para os movimentos de resistência em vários momentos históricos do país. Atualmente, vêm lutando incessantemente contra a ascensão do fascismo e do ódio e serão contra todos os atos de autoritarismo; sobretudo, aqueles que prejudiquem a parcela da sociedade mais vulnerável.