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COVID-19 - aulas presenciais elevam a contaminação em escolas de Vitória da Conquista



 Apenas duas semanas após o retorno das atividades semipresenciais (pelo sistema híbrido), três escolas particulares de Vitória da Conquista foram obrigadas a suspender as aulas de várias turmas devido ao aumento do contágio da COVID-19 na comunidade escolar. A abertura das salas de aula, sem o amplo diálogo com as representações de classe, mães e pais de estudantes, além de profissionais da educação, veio por meio do Decreto Municipal Nº 21.192, de 05 de julho deste ano. 

Segundo informações divulgadas pela prefeitura de Vitória da Conquista à imprensa, as instituições de ensino estariam com protocolos de segurança definidos e preparadas para receber xs estudantes. Porém, os fatos evidenciam que nada disso tem impedido o aumento da contaminação, fato que auxilia a expansão da pandemia e aumenta o risco de mais mortes. Professorxs e profissionais de educação não estão completamente imunizadxs, enquanto estudantes, de 12 a 17 anos, ainda nem têm a previsão de vacinação, como em todo o país.

Para a coordenação da ADUNEB, o aumento da contaminação nos colégios do município de Conquista, mais uma vez, reforça a posição do Movimento Docente da UNEB, da Frente Baiana em Defesa da Educação, do Comitê Vacina pelo SUS Já! e do Fórum das ADs: o retorno à sala de aula agora é prematuro e irresponsável. O Boletim COVID-19, divulgado pela prefeitura de Conquista, em 28 de julho, aponta que, desde o início da pandemia, 582 mortes ocorreram no município devido ao Coronavírus. Entre enfermaria e UTI, 87 dos 148 leitos estão ocupados. 

A mesma atitude negacionista, de imposição de aulas semipresenciais, foi adotada pelo governador Rui Costa, que, apesar da resistência das representações de classe, tenta impor a aula pelo sistema híbrido em todo o estado. Os dados no Boletim da Secretaria Estadual da Saúde, também do dia 28, registram 1.417 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, com 36 mortes. Assim, a Bahia passa a registrar 25.630 óbitos pela doença, desde o início da pandemia.

Ainda de acordo com a coordenação da ADUNEB, embora a vacinação da população comece a evidenciar a redução do número de mortes, a quantidade de óbitos ainda é elevada. O momento é de união de todxs para centrar esforços em pressionar o Governo Federal na intensificação do Plano Nacional de Imunização. O sindicato defende o retorno das aulas semipresenciais somente a partir da imunização completa de toda a comunidade acadêmica e seus familiares, bem como outras condições de biossegurança.