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ADUNEB repudia desrespeito contra docentes de ex-candidata à vereadora de Salvador



 A ADUNEB repudia o desrespeito de uma ex-candidata à vereadora de Salvador (Partido Novo), na eleição de 2020, contra a APLB-Sindicato e a categoria docente das redes públicas estadual e municipal da capital baiana. Na segunda-feira (01), em entrevista que concedeu à Rádio Metrópole - Jornal da Bahia no ar com Zé Eduardo, ela ri enquanto é lido um comentário ofensivo que fez, em uma rede social, contra um posicionamento da APLB. Diante da atual conjuntura, aquele sindicato divulgou a possibilidade de greve caso seja determinado o retorno das aulas presenciais. 

A ex-candidata, que em 2016 também concorreu à uma vaga na Câmara Municipal pelo PSL, usou o programa de rádio para culpabilizar os sindicatos e tentar jogar a sociedade contra a categoria docente. No comentário na rede social, o qual foi lido enquanto ela ria, um dos trechos dizia: “E o que mais esses vagabundos sabem fazer da vida?”.

As manifestações da referida entrevistada evidenciam um distanciamento do que é a realidade da educação pública na Bahia. Tanto as escolas públicas de ensino médio e fundamental, quanto as universidades, não possuem a estrutura preconizada pelos protocolos sanitários contra a pandemia. Soma-se à falta de infraestrutura adequada, entre outros problemas, a questão da lotação dos transportes públicos. Ainda acrescenta-se a esse cenário o fato da Bahia, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, já possuir cerca de 600 mil pessoas contaminadas e mais de 10 mil óbitos. 

A FIOCRUZ em sua nota técnica nº 12 alerta para o perigo do retorno das aulas sem as condições adequadas (leia aqui ). Segundo a entidade, mais de 9 milhões de (4,4% da população do país) idosos e adultos com diabetes, doença do coração ou do pulmão, moram com pelo menos uma pessoa em idade escolar (3 e 17 anos). Mais de 5 milhões de idosos (60 anos e mais) residem em domicílio com pelo menos um menor entre 3 e 17 anos (2,6% da população do país).

Matéria do Estado de S.Paulo, da quarta-feira (03), mostra que escolas de Campinas (SP), após reabrirem em 25 de janeiro, já são obrigadas a fechar. Em apenas um colégio foram contaminados 37 funcionários e cinco estudantes. A escola seguia as orientações do governo estadual de João Doria (PSDB), com rodízio de alunos de 35% por dia. A pressão do mercado não pode estar acima da vida. 

Lutamos por uma educação sem luto. Retorno das aulas presenciais somente com a vacina! 

Coordenação ADUNEB