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ADUNEB participa de mesa sobre o desmonte da educação pública



 O evento “Tire a mão do nosso IF: diálogos sobre a Educação Profissional e Tecnológica”, que aconteceu em Salvador, de 12 a 14 de setembro, teve a participação da ADUNEB. A coordenadora de comunicação, Lilian Marinho, representou o sindicato na mesa de abertura. O objetivo da atividade foi debater a conjuntura atual, em que a política educacional do Governo Federal visa o desmonte da educação pública, sobretudo das universidades e institutos federais. A organização foi por meio de uma parceria do SINASEFE-IFBA com o PROFEPT – Programa de Pós-graduação em Educação Profissional e Tecnológica e a EPCT – Especialização em Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Instituto Federal da Bahia.
 
A mesa “Reorganização da classe trabalhadora frente aos ataques à educação”, além da participação da ADUNEB, foi composta por outras de classe, Grêmio Estudantil do IFBA, reitora eleita Luzia Mota, representantes do Campus Salvador, coordenadoras/es da pós-graduação em EPT/IFBA Campus Salvador, movimentos sociais e SINASEFE-IFBA.
 
A professora Lilian Marinho criticou o Programa Future-se e seu caráter privatista. A coordenadora da ADUNEB ressaltou que o projeto de sucateamento das instituições federais ocorre, principalmente, pelo cerco realizado em três esferas: orçamentária, de gestão e da produção do saber. Para Lilian, as investidas contra a educação pública não acontecem apenas no âmbito federal. O governo estadual, guardadas as devidas especificidades, desde 2015, desrespeita vários direitos trabalhista da carreira docente, faz cortes e contingenciamentos orçamentários e interfere na autonomia de gestão das universidades estaduais baianas. 
 
Ainda traçando um paralelo com o programa Future-se, Lilian chamou a atenção à Portaria 770 do governo estadual, que faz a chamada para que as Organizações Sociais (O.S.) façam a gestão administrativa das escolas públicas de Salvador, Ilhéus, Itabuna e Alagoinhas. As O.S. poderão, inclusive, realizar a contratação de docentes pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e de uma maneira precarizada. A professora ainda foi crítica a parceria de gestão das escolas públicas baianas com a Polícia Militar. Segundo dados do Ministério Público Federal, atualmente, 63 escolas públicas municipais na Bahia, em 58 diferentes cidades, possuem gestão militar.