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ADUNEB marcou presença no II Seminário Integrado do GTPCEGDS, no Rio de Janeiro



O II Seminário Integrado do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, questões Étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS) foi realizado no Rio de Janeiro de 30 de agosto a 1º de setembro. Sediado pela ASDUERJ, o evento teve como pauta central “O papel do sindicato no combate às opressões”. A ADUNEB participou das discussões por meio da professora Marluce Freitas de Santana – Coordenadora de Gênero, Etnia e Diversidade e do GTPCEGDS Local, e do docente José Augusto Sampaio, integrante do GT e pesquisador indigenista da UNEB. O evento incluiu o IV Seminário Nacional de Mulheres do ANDES-SN; o III Seminário Nacional de Diversidade Sexual, e o IV Seminário Nacional de Reparação e Ações Afirmativas. Além dessas atividades, no dia 29 de agosto aconteceu a reunião conjunta do GT de Política e Formação Sindical e do GTPCEGDS.

Os/as representantes dos GTs das seções sindicais presentes trouxeram informes das suas respectivas seções. A coordenadora da ADUNEB informou sobre a intensificação das atividades do GT Local, destacando as articulações junto aos movimentos sociais para ampliar a atuação do GT. O objetivo é somar o conhecimento acadêmico às experiências do ativismo social para a construção de uma política sindical solidária às lutas e demandas dos diversos grupos subalternizados e oprimidos pelo Capital.

Nesse sentido, a professora Marluce destacou a necessidade de compreensão do papel de um sindicato classista no enfrentamento cotidiano em defesa dos direitos da classe trabalhadora. “Nossa luta não pode prescindir das questões de gênero, étnico-raciais, de classe, geracionais e das pessoas com deficiência, considerando que a interseccionalidade entre essas diversas formas discriminatórias são condicionantes das opressões e exploração capitalista”, afirmou a representante da ADUNEB. Ela enfatizou ainda a necessidade de tratar com a mesma centralidade todos os eixos temáticos do GT. Falou da necessidade de conceber a política sindical na interlocução com os diversos atores sociais para o combate às opressões que, na conjuntura atual, demandam embates intensos e constantes, exigindo, portanto, a mobilização de todas/os.

O professor José Augusto (Guga) falou da satisfação de integrar o GT da ADUNEB e de participar de espaços de discussões como aquele, com debates de temas do seu interesse, pois além de ser pesquisador indigenista, com acúmulo nessa temática, é um dos poucos docentes universitários cegos. Ele destacou a importância de compartilhar do debate sobre capacitismo, conceito vinculado à "corponormatividade", que hierarquiza e discrimina pessoas com alguma deficiência.  “É um avanço significativo da ADUNEB, trazer as questões indígenas e das pessoas com deficiência para a centralidade da política sindical”, comentou Guga. Uma das mesas contou ainda com a participação do professor Francisco Cancela, docente da UNEB, que falou sobre as políticas afirmativas para indígenas e sobre as cotas no âmbito da Universidade do Estado da Bahia.

As deliberações do 64º CONAD foram ratificadas, no sentido da defesa intransigente da Universidade Pública, Gratuita, Popular e socialmente referenciada. Portanto, as seções sindicais devem intensificar o debate sobre o FUTURE-SE, resistindo a tentativa de privatização e controle das universidades públicas pelo Capital, o ataque à aposentadoria e às liberdades democráticas.