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Nota sobre a violência da PM contra a estudante da Uneb de Senhor do Bonfim



 A coordenação da ADUNEB repudia a falta de preparo e a ação truculenta da PM da Bahia, que cada vez mais assume a função de braço opressor do Estado invés de proteger a população. No último domingo (23), essa violência atingiu a estudante de Enfermagem do Campus da Uneb de Senhor do Bonfim, Fabíola de Jesus Cardoso, ferida no olho por um tiro de bala de borracha. Ela foi uma das vítimas da ação da PM, que usou bomba de gás lacrimogênio e balas de borracha para proibir a secular manifestação cultural da guerra de espadas no município. Fabíola teve que ser encaminhada a um hospital especializado em Recife (PE) e perdeu a visão do olho ferido.

Embora a PM informe que esteve no local para cumprir a lei e apenas coibir a ação de espadeiros, testemunhas e vídeos divulgados nas redes sociais mostram a ação violenta dos policiais. A Associação Cultural de Espadeiros de Senhor do Bonfim (Acesb) contabilizou 36 feridos no confronto. A entidade entrará com representação junto à Corregedoria da Polícia Militar e ao Ministério Público para identificar os responsáveis.

Ainda sobre a violência do Estado, não há como esquecer que durante a recente greve das/os docentes das universidades estaduais da Bahia, estudantes e professoras/es foram recebidos pela Tropa de Choque na Secretaria da Educação. Já na Secretaria de Ciência e Tecnologia, além da comunidade acadêmica ser impedida de se proteger de uma tempestade, foi proibida de utilizar os banheiros do local. A ADUNEB lamenta que na Bahia cultura e educação, tão fundamentais para a construção da identidade e formação do ser humano, sejam criminalizadas e não possuam o mesmo valor das tão propagadas obras do governo Rui Costa.