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Mobilizações da Greve Geral provocam recuo em proposta de reforma da Previdência



 Na Greve Geral da última sexta-feira (14) trabalhadoras/es de todo o país mostraram novamente à disposição da classe em barrar as reformas da Previdência, que tentam ser impostas pelo governo Bolsonaro. Organizada em unidade por todas as centrais sindicais, o dia de luta, de acordo com a CUT, mobilizou 380 cidades em todo o país, com a estimativa de envolvimento de 45 milhões de trabalhadoras/es. 

As/os docentes da Uneb, tanto na capital quanto no interior da Bahia participaram dos atos públicos e passeatas. Em Salvador, o primeiro protesto foi às 7h. Iniciado na Rótula do Abacaxi, cerca de 10 mil manifestantes marcharam até a região do Iguatemi. Depois, às 15h, mais de 60 mil pessoas seguiram em passeata do Campo Grande à Praça Castro Alves. Em todo o país os protestos tiveram a adesão de trabalhadoras/es de vários setores, a exemplo da educação, transportes, servidores públicos, petroleiros, metalúrgicos, bancários, comerciários, operários da construção civil, entre outros.
 
Pressão e avanços na luta
 
Devido à pressão da classe trabalhadora e dos estudantes que, apenas em um mês organizaram três grandes protestos nacionais, na quinta-feira (13) o projeto de reforma de Previdência teve seus primeiros recuos. Para a coordenação da ADUNEB, o fato demonstra que o caminho é continuar na luta e ampliando as mobilizações nacionais e estaduais unificadas entre as centrais sindicais.
 
Entre os recuos da reforma da Previdência, que foram incluídos no relatório elaborado pelo relator da proposta de emenda à Constituição (PEC), deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), consta a mudança na idade mínima do trabalhador urbano. Na proposta inicial do governo a idade mínima seria de 62 anos para as mulheres e 65 para os homens. O tempo mínimo de contribuição seria de 20 anos para ambos. Já a alteração do relator propõe a mesma idade mínima, mas com tempo de contribuição de 15 anos às mulheres e 20 aos homens. 
 
Outra alteração considerada importante pelas centrais sindicais foi a exclusão da proposta de criação de um novo regime previdenciário, baseado na capitalização financeira, ou seja, o trabalhador/a teria direito como aposentadoria apenas o valor que conseguisse poupar durante a vida laboral. O relatório ainda não é definitivo e precisará ser discutido tanto na Câmara quanto no Senado.

Veja as fotos de algumas mobilizações que aconteceram pelo interior da Bahia:

ALAGOINHAS

 

BARREIRAS


LAPA


JACOBINA

 

EUNÁPOLIS

 

IRECÊ