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Todas e todos devem mobilizar para a Greve Nacional da Educação no dia 15



 Por todo o Brasil crescem os protestos de docentes e estudantes contra o corte do governo federal de 30% no orçamento das Universidades Públicas. Salvador, Belo Horizonte, Natal, Curitiba, Campina Grande, Niterói, entre outras cidades, vivenciaram fortes protestos em repúdio à medida. É uma onda que se agiganta também por todo o acumulado de ataques criminosos que a educação pública brasileira vem sofrendo desde o golpe que destituiu Dilma Rousseff e, especialmente, a partir do começo do governo Bolsonaro. 

O movimento secundarista conjuntamente já encorpa as fileiras contra o obscurantismo e as agressões desse mesmo governo a qualquer perspectiva de fortalecimento da educação construtiva e crítica, meio indispensável para erigir um Brasil que enfrente suas obscenas assimetrias, injustiças e desigualdades.

Enquanto isso, o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e o próprio presidente da república, de modo grotesco e absolutamente infantil, comparam o orçamento a um conjunto de chocolates para pregar, pasme-se, a ideia de que o corte é inofensivo. Seguem a tola conversa fiada de que a administração do orçamento público guarda equivalência com a economia doméstica até o ridículo e, como se fosse pouco, cometem ainda erro primário de matemática.

Este retrato calamitoso de desrazão do comando federal, se não encontra na gestão da Bahia um paralelo tão estapafúrdio, se combina muito bem com a desvalorização do Estado para com seus docentes e instituições de ensino superior. 

Dia após dia, o governo Rui Costa dá provas de que não reconhece o investimento nas universidades públicas da Bahia como importante vetor de inclusão e desenvolvimento humano/social. Isso em um Estado que segue entre os últimos em matéria de índices de pobreza e desequilíbrios socioeconômicos.

Contando com apoio majoritário e expressivo dos discentes, há mais de 30 dias os docentes das Ueba estão em greve realizando nas ruas manifestações que denunciam este tratamento. É neste contexto local, de mobilização já em curso contra o sucateamento das universidades baianas, que a greve nacional da Educação, marcada para esta quarta-feira, 15, nos alcança. 

Temos todos o dever de realizarmos com unidade, organização e muita energia, atos que sejam contundentemente ouvidos pela maioria da população brasileira e baiana para resistir aos planos de desmonte da educação pública promovidos em esfera nacional e estadual. 

Não se deve vivenciar esse funesto quadro se escondendo da necessária atuação. É hora de ultrapassar as redes socais, os grupos de whatsapp, as queixas já resignadas e construirmos coletivamente um dia que demonstre nosso compromisso enquanto educadores, pesquisadores e cidadãos em favor da educação e, visto a longo prazo, do próprio país! Todas e todos docentes devem sair as ruas, promover o debate e mobilizar para que a Greve Nacional da Educação ofereça uma grande lição para a sociedade brasileira.