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Docentes reafirmam a luta pelo Fora Temer e a intensificação das mobilizações na pauta estadual



 A assembleia dos professores da ADUNEB, desta quinta-feira (01), reafirmou a luta contra Temer e as reformas, apoiou a construção de uma nova greve geral nacional no final do mês, e a revogação das leis, aprovadas pelo governo ilegítimo, contra os direitos sociais e trabalhistas. Na pauta estadual, os docentes deliberaram por continuar a intensificação dos protestos contra o governo Rui Costa. Caso o Movimento Docente continue sem resposta, a greve por tempo indeterminado será o provável caminho a seguir.

Sobre a pauta nacional, os encaminhamentos da assembleia serão levas pelos representantes da ADUNEB à reunião unificada, dos setores estadual e federal, das instituições de ensino superior do ANDES-SN. A atividade acontecerá em São Paulo, na próxima quinta-feira (08). Na reunião, com base nas deliberações apresentadas pelas seções sindicais de todo o país, o Sindicato Nacional definirá os próximos passos da luta diante da atual conjuntura política.
 
Já a discussão sobre a pauta estadual, após uma análise da atual situação crítica em que se encontra a Uneb, o conjunto dos docentes, reafirmou que o sindicato deve continuar a intensificar a mobilização. 
 
Problemas
 
Segundo a diretoria da ADUNEB, a categoria docente das quatro universidades estaduais da Bahia tem todas as condições objetivas para deflagrar uma greve por tempo indeterminado. Há dois anos o governo não paga o reajuste da inflação aos funcionários públicos; apenas na Uneb, a Secretaria de Administração nega a implantação de 489 processos de promoção, progressão e alteração de regime de trabalho; são constantes os cortes dos adicionais de insalubridade e das passagens intermunicipais, que permitem o deslocamento e trabalho de docentes nos campi do interior. Além disso, a falta de orçamento compatível prejudica ensino, pesquisa e extensão, há falta de infraestrutura aos cursos; a precarização causa sobrecarga de função e adoecimento de professores e técnicos. O descaso com a educação também prejudica os estudantes, que têm bolsas de pesquisas atrasadas, nenhum dos 24 campi da Uneb possuem restaurantes universitários, apenas no Campus I possui ambulatório médico, entre outros problemas.

Passagem docente
 
Durante a assembleia, a diretoria da ADUNEB recebeu a denúncia de que um dos departamentos do interior, desde o mês de março, não paga passagens intermunicipais aos docentes. O sindicato enviará ofício ao diretor responsável solicitando informações sobre a questão. 
 
Alteração de regime de trabalho
 
Sobre os processos de alteração de regime de trabalho, que estão sendo indeferidos pelas gestões da Uneb e do Estado, em breve o sindicato publicará uma nota para orientar os professores sobre o melhor encaminhamento ao problema.
 
Sintest
 
A assembleia teve ainda a participação do coordenador geral do Sintest, Firmino Júlio. Segundo o sindicalista, o governo do estado e a reitoria precisam reconhecer o valor e a potencialidade da categoria dos técnico-administrativos. Júlio reforçou a necessidade de aumentar a união e as ações conjuntas de professores, estudantes e técnicos, nas pautas que os unificam. 
 
Coord. Sintest, Firmino Júlio, defende a unidade de luta entre a comunidade acadêmica