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Categoria docente define metodologia que defenderá para o processo Estatuinte



 Para debater sobre a proposta do Movimento Docente (MD), de metodologia para o processo Estatuinte da Uneb, a categoria fez assembleia geral na quinta-feira (09). A atividade aconteceu no Campus I da universidade.

As discussões ocorreram tendo como base sugestões iniciais apresentadas pela gestão da Uneb. Após análise e discussão, os professores propuseram algumas alterações no documento no sentido de avançar na proposta. Segundo a diretoria da ADUNEB, as sugestões de melhorias, vindas do MD, estão de acordo com os princípios que já vinham sendo discutidos pela categoria há mais de dois anos, em reuniões, videoconferências, debates e, principalmente, nas visitas que o ADUNEB na Estrada promove aos campi do interior. A instalação da Estatuinte foi um dos frutos da vitoriosa greve docente de 2015, que deve o apoio da comunidade acadêmica (leia mais).   

Princípios 
 
Após levar a discussão sobre a Estatuinte aos 24 campi da Uneb, um dos princípios fundamentais defendidos pelo conjunto dos professores é o respeito à democracia e a paridade nas discussões. O MD considera fundamental que os três segmentos que compõem a comunidade acadêmica, docentes, estudantes e técnico-administrativos, tenham o mesmo espaço, as mesmas oportunidades e o mesmo número de representantes nas discussões. 
 
Para garantir a ampliação do processo democrático, a ADUNEB defende ainda que, dentro dos três segmentos, estejam presentes representações de grupos historicamente oprimidos, a exemplo de negros, mulheres, LGBTTI, indígenas, quilombolas, idosos, deficientes físicos, entre outros.
 
As discussões do processo Estatuinte podem e precisam ser expandidas à sociedade civil. Para isso, o MD apoia a participação no debate de representações do citado setor, porém, desde que esses grupos já estejam inseridos nos três segmentos da comunidade acadêmica. 
 
Outra questão exaustivamente debatida foi o papel do Conselho Universitário (Consu) e dos gestores da Uneb. A categoria reconhece a importância do papel da administração central da universidade, mas, gestão não pode ser compreendida como um quarto segmento. Gestores, a princípio, são docentes que exercem momentaneamente cargos administrativos. Assim, a participação dos mesmos e suas demandas devem ser localizadas dentro do segmento docente. Quanto ao Consu, por respeito a todo o processo democrático de discussão, deve ter a função de aprovar o novo Estatuto, sem qualquer tipo de interferência no processo decisório. Caberá ao Consu ainda, solucionar possíveis questões que de maneira alguma conseguiram ser resolvidas no interior do processo Estatuinte.
 
Agora, as propostas de metodologia de cada um dos segmentos serão analisadas em reunião, com a participação de representações docentes, estudantis, dos técnicos e de gestores. A próxima reunião dessa comissão será nesta terça-feira (14).