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Abertura do Encontro Nacional das IEES/IMES aponta para construção da unidade de luta e greve geral



 Com a presença de representantes de 24 seções sindicais de todo o país começou nesta sexta-feira (16), em Salvador, o XIV Encontro Nacional do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior – IEES/IMES, do ANDES-SN. Sediado e organizado pela ADUNEB, a atividade vai até domingo (18) e tem como tema a “Resistência à ofensiva conservadora. Disputa do fundo público, contra o sucateamento das IEES/IMES e o arrocho salarial”.

A mesa de abertura contou com a participação da presidente do ANDES-SN, Eblin Farage; a 1ª vice-presidente da Regional Nordeste III, Caroline Lima; o diretor da ADUNEB, Milton Pinheiro; o representante da CSP-Conlutas, Gean Santana; o secretário geral do ANDES-SN, Alexandre Galvão e a diretora da Regional Pantanal, Roseli Rocha. 

Após saudar os presentes e os organizadores da atividade, Eblin Farage, comentou sobre a relevância política do Encontro Nacional no atual cenário do país, de avanço do conservadorismo e dos ataques aos direitos trabalhistas e sociais. “A atividade acontece em um momento em que a conjuntura exige mobilização e articulação de todos os servidores públicos. O nosso desafio é que este encontro aponte para a intensificação da articulação do funcionalismo estadual junto ao federal e também ao municipal, além das demais categorias da classe trabalhadora. O anúncio de propostas contra os trabalhadores, a exemplo do PL 257/16 (leia mais) e da PEC 241/16 (leia mais), que propõem reformas trabalhistas e previdenciárias, se aprovadas, condenam a educação pública, o funcionalismo e a população usuária do serviço público. Precisamos ocupar as ruas, lutar contra isso e construir a greve geral”, afirmou a presidente do ANDES-SN.

O combate ao PL 257/16 e a PEC 241/16 também foram comentadas pela 1ª vice-presidente da Regional Nordeste III, Caroline Lima. De acordo com a professora, um dos desafios da atividade será estabelecer um eixo comum de luta entre instituições de ensino estaduais e municipais. Caroline acredita que a necessidade de amplo enfrentamento aos citados PL e PEC é o caminho que levará a unificação das lutas do setor. Lima ainda destacou a importância do trabalho do Fórum das ADs, espaço que congrega as quatro associações docentes das universidades estaduais baianas (Uneb, Uefs, Uesb e Uesc), enquanto instrumento de luta. Foi por meio do trabalho do Fórum das ADs, dentro do ANDES-SN, que surgiu a Cartilha Contra Opressões (leia aqui), material recém publicado, com distribuição em todo o país, pelo Sindicato Nacional.

A tarde e noite da sexta-feira ainda contaram com duas mesas redondas, que abordaram assuntos como a conjuntura e a resistência à ofensiva conservadora, ajuste fiscal, dívida pública, financiamento das instituições estaduais de ensino públicas, direitos trabalhistas e Lei de Responsabilidade Fiscal.