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Nunca nos calarão - Fora Temer!



 A Aduneb continua na luta pelo Fora Temer, por entender que se trata de um golpe contra os trabalhadores

O afastamento em definitivo, pelo Senado, da presidente Dilma Rousseff se consolida como um conjunto absurdo e espúrio de manobras institucionais praticados por 61 senadores que representam o lumpesinato da política (balcão de pequenos negócios), a mídia reacionária e as frações da burguesia que querem, de forma célere, aplicar um imenso ataque aos direitos sociais, previdenciários e trabalhistas do povo brasileiro.

O ingrediente principal que move esse movimento, do lixo da política, torna-se evidente nas ações do usurpador e das alianças que lhe dão sustentação. Trata-se de um golpe que tem como interesse a reforma da previdência, o ataque aos direitos dos trabalhadores na reforma trabalhista, a desvinculação dos aumentos do salário mínimo dos benefícios previdenciários, o congelamento dos gastos públicos por vinte anos, a violência do ajuste fiscal para garantir as condições favoráveis ao pagamento da dívida pública, a entrega do Pré-sal, o ataque à saúde e à educação pública, o ataque aos direitos conquistados pelas mulheres, o ataque ao movimento feminista classista e negro, o ataque à população LGBT, o ataque à população negra, pobre e a prioridade aos interesses privados dos grandes monopólios e do capital estrangeiro.

            Estamos diante do mais profundo ataque aos trabalhadores. Denunciamos, mais uma vez, que a conta está sendo jogada nas costas dos trabalhadores. No nosso caso, a proposta do usurpador é atacar a universidade pública para torná-la privada.

Esse processo de fraude, que tirou a presidente eleita do cargo, contou com a profunda manipulação da mídia, que conseguiu iludir e manipular uma parcela significativa do povo com o falso discurso do combate a corrupção. Vejam a “folha corrida” desses senadores e logo todos perceberão que se trata de vampiros em banco de sangue.

É público e notório o apoio incondicional das diversas esferas do poder com as manobras institucionais que consolidaram o impedimento da presidente. A história, com certeza, julgará o Supremo Tribunal Federal (STF) pela flagrante ilegalidade no processo. Pois sabemos que não houve crime de responsabilidade. Foi uma articulação do parlamento com o judiciário e o executivo, orquestrado pelo interino usurpador, que encetaram suas ações para fechar o processo da forma como planejaram.

Uma importante lição não deve ser esquecida nesse processo. Apesar de muitos anos de pacto social e de ilusão de classes, de tentativa de apassivar as lutas dos trabalhadores, estão ressurgindo as lutas sociais e as resistências populares. Contudo, o conservadorismo e a reação também cresceram no último período o que abre uma quadra da luta de classes onde o imprevisto pode aparecer. 

Precisamos, neste cenário, construir a unidade de ação dos trabalhadores e das forças de esquerda, para enfrentarmos com capacidade de vitória as forças do obscurantismo, do conservadorismo e do projeto neoliberal.

Continuamos na luta:

- Fora Temer!

- Contra a Lei da Mordaça! 

- Pelo Encontro Nacional das Classes Trabalhadoras (ENCLAT)! 

- Nenhum direito político, humano, trabalhista, previdenciário, social e cultural a menos!


Diretoria Executiva Colegiada ADUNEB