Reitoria tenta distorcer processo Estatuinte
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Na reunião do Consepe realizada nos dia 1 e 2 de setembro, em Salvador, um dos informes feito pelo reitor, José Bites, deixou clara as intenções da Administração Central quanto à Estatuinte: tentar distorcer o processo para garantir os interesses do grupo gestor, e não reconhecer a legitimidade dos três segmentos da comunidade acadêmica – professores, técnicos e estudantes.
Diferente do que defende o Movimento Docente da Uneb, Bites busca maneiras de enfraquecer as três categorias da comunidade acadêmica. Assim, nas discussões sobre o processo Estatuinte, tenta infiltrar no debate o grupo gestor da universidade. Segundo o reitor, um dos princípios defendidos pelos gestores é a participação, sobretudo, dos coordenadores de colegiado. Para a diretoria da ADUNEB, ao fazer tal defesa, José Bites, se distancia do fato de que coordenadores e demais gestores ou são docentes ou técnicos administrativos, portanto, já integrantes de um segmento da comunidade universitária. Não reconhecer isso, além de desrespeitar, é uma tentativa de deslegitimar as categorias da comunidade acadêmica.
Entre os princípios defendidos pela ADUNEB, que propõe a ampla democracia e paridade nas discussões entre docentes, técnicos e estudantes, está o debate a ser realizado, entre outros espaços, nas plenárias de cada um dos segmentos. Respeitando princípios democráticos, os gestores que quiserem participar das discussões da Estatuinte, enquanto integrantes da categoria docente, devem se candidatar como delegados para a Comissão Paritária Estatuinte.
A declaração do reitor Bites, no Consepe, também deixou o Movimento Docente alerta a outro importante aspecto. O posicionamento da Administração Central é levar ao Consu as discussões sobre a instalação da Estatuinte, sem que antes aconteça ampla discussão nos campi e nas plenárias departamentais. A categoria docente, por meio da ADUNEB, defende a construção de amplo debate, com o envolvimento de todos os segmentos em cada um dos Campi / Departamentos.
A Estatuinte é uma bandeira histórica da ADUNEB intensificada na gestão atual. A partir da greve deste ano e da ocupação realizada na Reitoria, em 10.06, o grupo gestor não resistiu à pressão e assumiu o compromisso da Estatuinte na Uneb. Porém, desde então, tenta arrumar artifícios que possam favorecer os interesses na Administração Central nos embates que estão por vir. O Movimento Docente reforça que defende a construção da Estatuinte, por meio da atuação paritária dos três segmentos da comunidade acadêmica. Todas as tentativas de manipulação do processo serão denunciadas pelo sindicato.
