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UEBA pressiona governo por aumento no orçamento



 Na paralisação das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), realizada em 28.05, professores, estudantes e técnicos mostraram poder de mobilização, força e muita indignação contra o descaso do governo estadual com a educação pública superior. A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta em Defesa das Instituições Estaduais de Ensino Superior – IEES, organizado pelo ANDES – Sindicato Nacional.

Na reivindicação pelo aumento do repasse orçamentário do estado para, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos, centenas de manifestantes, das três categorias que compõem a comunidade acadêmica das UEBA, fizeram mobilização na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). No discurso de todos a disposição para o enfrentamento e a indignação contra o governo Jaques Wagner, que faz com que as Universidades Estaduais atravessem grave crise financeira e precarização das condições de trabalho. 
 
Parcela dos manifestantes na portaria da ALBA
 
Durante a mobilização uma comissão formada por representantes das três categorias das UEBA participou de reunião com o presidente da ALBA, deputado Marcelo Nilo, e posteriormente com o líder do governo na casa, José Neto. Segundo os diretores da ADUNEB, os representantes de Jaques Wagner distorcem os dados e tentam enganar a sociedade. Afirmam que aumentaram o investimento nas UEBA, sendo que na realidade, apenas neste ano, foram cortados cerca de 12 milhões em custeio e investimento, setores responsáveis em destinar recursos a ensino, pesquisa e extensão das universidades estaduais. O único aumento foi na folha de pessoal, algo que obrigatoriamente acontece todos os anos. 
 
Portas fechadas - Já no período da tarde, a comunidade acadêmica foi em passeata até a Secretaria Estadual da Educação (SEC), que fechou as portas para não receber os representantes do movimento. A diretoria da ADUNEB destaca que o fato evidencia a falta de vontade política e o desrespeito do secretário da educação, Osvaldo Barreto, com as universidades estaduais. Após a ocupação da rampa de acesso à SEC, veementes discursos e palavras de ordem, o governo cedeu à pressão e sentou para ouvir professores, estudantes e servidores técnicos. 
 
Pressão da comunidade acadêmica fez SEC reabrir as portas e dialogar
 
Na reunião o coordenador Nildon Pitombo, da Coordenação para o Desenvolvimento do Ensino Superior (CODES), ouviu as reivindicações da pauta geral e também os problemas específicos de cada uma das quadro universidades estaduais. A pressão da comunidade acadêmica conseguiu arrancar do governo o compromisso de fazer as pautas avançarem. O representante da SEC prometeu empenho na resolução das questões. Uma nova reunião foi agendada entre UEBA e CODES para o dia 17 de junho, às 9h. O objetivo é prosseguir nas discussões e cobrar do governo a resolução dos problemas.
 
Para o Movimento Docente, a atividade mostrou que não existe vitória sem luta. Todas as conquista da categoria só acontecem como fruto da união e muita mobilização. A luta unificada das categorias e a adesão de todos são fundamentais na reivindicação pelo ensino público superior de qualidade e socialmente referenciado. 
 
Comissão das UEBA - governo prometeu empenho na resolução dos problemas
 
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