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Videoconferência mostra a força da mulher nos movimentos sociais

 Como mais uma das atividades idealizadas pela ADUNEB em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a videoconferência “Mulher, Trabalho e Sindicalismo: resistência e luta”, realizada em 21 de março, mostrou a força da mulher nos movimentos sociais. A atividade foi disponibilizada para todos os Departamentos da Uneb. Quem acompanhou teve o privilégio de conhecer ou saber mais sobre a história de luta e resistência do Grupo de Mulheres do Alto das Pombas – GRUMAP, de Salvador. 

Iniciado há mais de 30 anos, em plena ditadura militar, em um Estado comandado pelo Carlismo, a história do grupo é sinônimo de luta, resistência e ações em prol da comunidade local. Segundo a presidente do GRUMAP, Zildete Pereira, o que fez a união das mulheres no início é o que as move e as coloca na luta até hoje: a carência de um bairro esquecido pelo município. Entre outros problemas, o Alto das Pombas sofre por falta de emprego, saúde, educação e infraestrutura. 
 
Atividade foi disponibilizada para todos os Departamentos
 
No auxílio à comunidade local, mesmo com poucos recursos financeiros, o grupo se organiza, rompe barreiras, conquista espaços e proporciona às mulheres e jovens da localidade várias oficinas profissionalizantes, como costura e artesanato. Também atuam em áreas como alfabetização, reforço escolar e articulação de grupos culturais para o fortalecimento da cultura e identidade local.
 
Zildete Pereira - pres. do GRUMAP
 
“Temos que enfrentar, continuar nossa luta. Se paramos é pior! Precisamos pressionar o poder público, pois pagamos nossos impostos e queremos nossos direitos de cidadãos!”, enfatiza dona Zildete, a líder comunitária.
 
A presidente da GRUMAP refletiu sobre as três décadas de luta. “O desafio ainda é grande. Hoje, a questão política não mudou muito. Falam em democracia, mas qual democracia? Onde estão as democracias racial, econômica e social?”. A palestrante ainda complementa: “Precisamos passar para nossos filhos nossas lutas e histórias. É assim que vamos perpetuar a luta. Tenho três filhas e todas atuam em movimentos sociais”, finaliza Zildete.