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Massacre de Pinheirinho: famílias são desabrigadas em nome da especulação imobiliária



22 de janeiro, dia do massacre do pinheirinho


No dia 22 de janeiro, cerca de 9.000 pessoas, crianças, idosos, homens e mulheres trabalhadoras, foram expulsas de suas casas pela polícia do Estado de São Paulo. Isto aconteceu em Pinheirinho, maior ocupação urbana da América latina que existe desde 2004 em São José dos Campos (SP).  O massacre de Pinheirinho, como ficou conhecido no Brasil e no mundo, desabrigou 1500 famílias em uma ação violenta da polícia.

O processo de reintegração de posse, segundo a relatora especial da ONU para o direito à moradia adequada, Raquel Rolnik, violou os direitos humanos. Vale destacar que a desocupação ocorreu, inclusive, contra a orientação do Tribunal de Justiça Federal.

Os moradores lutam pela regularização do pinheirinho desde 2004, mas sempre se esbarraram com a falta de vontade política da prefeitura da cidade e do governo do Estado. O terreno ‘pertence’ (matérias publicadas pela Folha de São Paulo afirmam que o terreno teria sido grilado pelo empresário, após a morte dos verdadeiros donos que não deixaram herdeiros)  à massa falida da empresa Selecta, do investidor Naji Nahas, megaespeculador proibido de atuar nas bolsas de valores de 40 países, sonegador de impostos, e preso, em 2008, na Operação Satiagraha da Polícia Federal.

Em todo o Brasil e também em diferentes países, como Alemanha, Espanha, Portugal e Costa Rica, ocorreram atos em solidariedade ao Pinheirinho. Além disso, a CSP-Conlutas lançou uma Campanha de Solidariedade Urgente ao Povo do Pinheirinho que consiste em arrecadar contribuições financeiras, por meio de sua conta bancária (veja abaixo), e doações de alimentos, roupas, remédios e material de higiene.

Para mais informações, acompanhe
http://www.solidariedadepinheirinho.blogspot.com.
Contribua!
Banco do Brasil
Agência: 4223-4
Conta Corrente: 8908-7
Central Sindical e Popular Conlutas