Aduneb-Mail

ADUNEB-Mail 2017 – Edição 694 (03/05/17)

 Trabalhadores pararam o Brasil em Greve Geral. Em Salvador 80 mil foram às ruas

Comunidade acadêmica da Uneb aderiu ao protesto. ADUNEB participou da construção das manifestações

A Greve Geral do dia 28 de abril fez história e parou o Brasil. Em Salvador e em todas as regiões do Estado houve uma adesão em massa aos protestos. A população, revoltada com o ilegítimo governo Temer (PMDB), atendeu ao chamado das centrais sindicais e outras organizações políticas, paralisou suas atividades e ocupou as ruas. A ADUNEB contribuiu com a construção das manifestações, que contou com a participação de professores, estudantes e servidores técnicos. Todas e todos contra a reforma da Previdência, trabalhista e a Lei da Terceirização.

Na capital baiana, desde as 6h da manhã, em protesto, manifestantes travaram o trânsito na região do Iguatemi, centro financeiro da cidade. A mobilização fez com que parte das principais avenidas da cidade ficassem vazias. Já no período da tarde, uma passeata saiu do Campo Grande em direção à Praça Castro Alves. De acordo com os organizadores, aproximadamente 80 mil pessoas marcharam juntas contra o governo Temer e sua política de retirada de direitos do trabalhador. 


Passeata de Salvador - População aderiu ao protesto
 
Segundo depoimentos de historiadores à imprensa nacional, foi a maior Greve Geral já acontecida no país, com a adesão de cerca de 40 milhões de pessoas. A última havia ocorrido em 1989. Estimativa da Federação do Comércio (Fecomercio-SP), a greve causou um impacto de R$ 5 bilhões no faturamento do comércio, sendo R$ 1,6 bi apenas no Estado de São Paulo. 

Para a diretoria da ADUNEB, os números da vitoriosa Greve Geral vão muito além dos expressivos R$ 5 bilhões a menos no lucro das empresas à custa da exploração do trabalhador.  O protesto de 40 milhões de pessoas, de diferentes setores da sociedade e a unidade de ação conseguida entre as centrais sindicais e outras organizações políticas, fará pressão sobre o Congresso Nacional. Greves ainda maiores, organizadas conjuntamente pelas centrais sindicais, com a paralisação de mais setores produtivos, precisam continuar ocorrendo. Essa é a única maneira de barrar as reformas trabalhista e previdenciária. 

Interior

A comunidade acadêmica de vários campi da Uneb do interior também participaram da Greve Geral, a exemplo de Senhor do Bonfim, Barreiras, Teixeira de Freitas, Jacobina, Caetité e Eunápolis. Com muita disposição à luta, somaram forças aos atos locais. 

Em Senhor do Bonfim, durante toda a manhã foi realizada uma passeata, que saiu da praça da prefeitura municipal e percorreu as ruas do centro. A atividade foi construída por sindicatos da cidade e da região, com o apoio dos representantes locais da ADUNEB.


 
Já em Barreiras, protestos ocorreram em vários pontos do município ao mesmo tempo. As rodovias BR 135 e BR 242 foram fechadas. No centro da cidade aconteceu uma passeata e uma manifestação em frente à agência da Previdência Social. A Greve Geral em Barreiras também contou com a participação da comunidade acadêmica da Uneb, além de sindicatos e movimentos sociais. 


 
No município de Teixeira de Freitas, desde a 1h da manhã, os ônibus de transporte urbano não tiveram como sair da garagem. A BR 101, uma das principais rodovias do país, também foi fechada. Os manifestantes ainda fizeram passeata pelo centro da cidade.


 
Em Jacobina os organizadores consideraram a greve vitoriosa do ponto de vista da mobilização dos trabalhadores e estudantes. A adesão de inúmeros sindicatos, movimentos sociais e outras organizações políticas fez com que todos os bancos e 95% do comércio ficassem fechados. Uma grande passeata percorreu as ruas centrais da cidade, que culminou com o fechamento do acesso à BR 324 até o meio dia.

                                                                                                                               Foto: Jacobina Notícias

 
Caetité também participou da Greve Geral. Centenas de manifestantes, desde às 6h30 da manhã, paralisaram as BR 030 e BR 122. Depois, uma passeata percorreu diversas ruas do centro da cidade. Na Praça do Mercado aconteceu um ato público. Bancos e repartições públicas não funcionaram durante todo o dia. 

                                                                                                                         Foto: Site Caetité Notícias

 
Em Eunápolis as categorias organizadas fizeram da pauta nacional um momento histórico no município. A ADUNEB e outras entidades e movimentos sociais ecoaram em um só grito, dizendo não às reformas previdenciária e trabalhista propostas pelo governo ilegítimo do Michel Temer. As principais lojas do comércio, bem como as agências bancárias, escolas, universidade foram fechadas e a maioria dos trabalhadores foi às ruas em protesto.


 
Veja mais fotos da passeata de Salvador no Facebook da ADUNEB (aqui).


Centrais sindicais fazem ato unificado no 1º de maio – Dia dos Trabalhadores

O 1º de maio – Dia Internacional dos Trabalhadores foi marcado, em todo o país, pela unidade entre as centrais sindicais, entre elas a CSP-Conlutas. Assim como aconteceu na Greve Geral, de 28 de abril, a ação conjunta dos sindicatos protestou contra as reformas da Previdência, trabalhista e a Lei da Terceirização. Em Salvador, o ato público foi no Farol da Barra, que recebeu também shows para homenagear os trabalhadores. Várias entidades que compõem o Espaço Unidade de Ação marcaram presença no evento, que foi das 14h até o início da noite.

                                                                                                                                Foto: Espaço Unidade de Ação

Manifestantes no Farol da Barra


Representantes da comunidade acadêmica discutem orçamento da Uneb

Próxima reunião debaterá a metodologia do Orçamento Participativo

Na quarta-feira (26) representações da ADUNEB, Sintest, DCE e reitoria realizaram reunião na sede do sindicato dos professores, no Campus I da Uneb. Em pauta estava a cobrança, por parte da comunidade acadêmica à administração central, sobre questões relacionadas ao orçamento da universidade. Após cobranças, os gestores apresentaram uma proposta metodológica para a criação da comissão do orçamento participativo na Uneb.

Durante a discussão, o diretor da ADUNEB, Milton Pinheiro, voltou a ressaltar a preocupação do sindicato com a atitude do reitor José Bites, que reduziu o orçamento deste ano da Uneb, na rubrica de pessoal. O atual exercício tem a menos R$ 965.300,00, o que corresponde a 0,26% negativo para pagamentos de salários de docentes e servidores técnicos. “Nunca, em nenhum ano, a peça orçamentária foi menor do que o exercício anterior. A intenção do reitor é recorrer à suplementação orçamentária do Estado. Uma estratégia muito arriscada, pois, em 2015, um decreto de contingenciamento do governador proibiu a suplementação naquele ano. Se isso se repetir, o que acontecerá com os salários de professores e técnicos?”, questionou o diretor da ADUNEB. O sindicato faz a denúncia do problema desde outubro no ano passado (leia mais).   

Ainda sobre a questão orçamentária, relacionada ao setor pessoal e o respeito aos direitos trabalhistas, também nesta quarta-feira (26), a ADUNEB encaminhou ofício à reitoria solicitando, em caráter de urgência, que sejam publicadas as promoções já processadas pela universidade e que se encontram dentro do quadro de vagas hoje existente. “Solicitamos uma medida que tem por base o previsto no Estatuto do Magistério Superior e os princípios norteadores da autonomia universitária”, explicou o professor Milton Pinheiro. 

Durante a reunião, a ADUNEB criticou a ausência da pró-reitora de Planejamento, Marta Sá. Convidada com antecedência à reunião, afirmou ter outro compromisso. De acordo com a diretoria do sindicato seria muito importante a presença da pró-reitora diante do tema em debate. 

Transparência 

As representações do sindicato dos servidores técnicos (Sintest), entre elas o coordenador geral, Firmino Júlio, questionaram a falta de transparência nos dados orçamentários da Uneb e o descaso dos gestores com esse segmento da comunidade acadêmica. “O sentimento da categoria é de baixa autoestima. Falta boa vontade política e resposta da reitoria às demandas dos servidores técnicos. O orçamento é a porta de entrada para a solução dos problemas”, afirmou Júlio. 

Já a estudante Carla dos Santos, representante do DCE, disse que o problema orçamentário impacta diretamente na permanência estudantil. O Movimento Estudantil tem como duas de suas bandeiras de luta a construção de restaurantes universitários e melhorias no Programa Mais Futuro. 

Orçamento Participativo 

Após as críticas e observações de ADUNEB, Sintest e DCE, o assessor especial da reitoria, Jairo Sá, e a representante da Pró-Reitoria de Planejamento, Fernanda Lacerda, apresentaram uma proposta de metodologia para a criação e funcionamento do Conselho de Orçamento Participativo. A proposta foi criada a partir de discussões na administração central. O orçamento participativo é uma das bandeiras de luta da ADUNEB, desde a greve de 2015. 

Orçamento 2018 

A partir da proposta apresentada para a criação do Conselho de Orçamento Participativo, as três representações da comunidade acadêmica (docentes, técnicos e estudantes) irão analisar o documento e propor possíveis contribuições. A próxima reunião do grupo foi pré-agendada para o dia 10 de maio, às 9h30, no auditório da ADUNEB. A intenção é avançar na elaboração do orçamento 2018. Segundo a representante da Proplan, o orçamento do próximo ano precisa ser fechado até o próximo mês de julho. 


Representantes da comunidade acadêmica da Uneb e da reitoria durante a reunião
 

NOTA DE REPÚDIO AO PLANSERV PELO DESCREDENCIAMENTO
DE UM HOSPITAL EM FEIRA DE SANTANA



O Fórum das Associações Docentes – ADUFS, ADUSC, ADUNEB, ADUSB – vem a público repudiar veementemente a ação irresponsável do PLANSERV de descredenciar um hospital pediátrico de Feira de Santana e região que atende beneficiários (as) do referido plano. 

O descredenciamento ocorreu no mês de fevereiro deste ano. Os (as) usuários (as) do plano de saúde não foram avisados previamente, o que deixou centenas de crianças que eram acompanhadas por pediatras na referida unidade desassistidas. Além disso, beneficiários (as) não poderão mais usufruir do atendimento de urgência e emergência, dentre outros serviços.

Ressaltamos nossa INDIGNAÇÃO com este acontecimento, inclusive por tratar-se da assistência à saúde de crianças. O PLANSERV não apresentou justificativa à sociedade feirense e região e nem aos beneficiários do plano, o que mostra total desrespeito para com os mesmos. 

Solicitamos que o PLANSERV reestabeleça urgentemente o serviço do Hospital e manifestamos nosso apoio ao coletivo de pais e mães que vem se organizando para denunciar este ato de extrema IRRESPONSABILIDADE e cobrar o recredenciamento o mais rápido possível.

ADUFS- ADUNEB- ADUSC- ADUSB 

Feira de Santana, 26 de abril de 2017.
 
 
Versão E-mail