Notícias

“A universidade brasileira precisa de uma transformação radical”, diz Marina, presidente do ANDES-SN

Definir pautas e planos de lutas com as quais os docentes se identifiquem; propiciar ações que promovam maior unidade entre setores do sindicato, e a defesa do Sindicato Nacional docente com ampliação das filiações e a organização de Seções Sindicais nas novas universidades. Estes serão os eixos centrais da luta que a nova diretoria do ANDES-SN, empossada nesta quinta-feira (24/6),  pretende empreender em prol da categoria que representa, conforme o discurso de posse da presidente, Marina Barbosa Pinto.

A nova presidente iniciou sua fala reafirmando que o ANDES-SN continuará empunhando a bandeira de luta pela valorização do trabalho docente e pela educação pública como componentes essenciais da luta por uma sociedade igualitária e democrática.

Marina Barbosa Pinto lembrou que o momento atual é especialmente preocupante, em função da grave crise estrutural do capital, que faz com que a burguesia, na tentativa de minimizá-la, combine utilização de recurso público para salvar os capitalistas, a super exploração dos trabalhadores, a retirada de direitos, a retração no investimento em políticas públicas de interesse social.

No Brasil, continuou ela, a situação não é diferente. “Combinando o aumento da repressão e assistencialismo, o governo Lula vai conformando o Estado Penal-Assistencial, objeto de tantas análises entre nós. O Estado a serviço da reestruturação do capital em sua crise”.

A presidente do ANDES-SN observou também que é necessário superar a fragmentação que caracteriza a resistência levada a termo pelos trabalhadores na atualidade. “No que se refere a Universidade brasileira, reafirmamos que precisamos de uma radical transformação e não de uma reforma. Precisamos de uma universidade que produza e socialize conhecimento novo capaz de contribuir para a construção de uma sociedade justa e fraterna”, pontua ela.

Marina lembrou também o processo em curso de criminalização dos movimentos sociais, exemplificando-o com o conjunto de medidas político-jurídica tomadas recentemente para tentar deslegitimar o ANDES-SN. Nesse sentido, ela reafirmou, em nome de toda a nova diretoria, os princípios que garantiram a história coerente de lutas e vitórias do Sindicato Nacional: autonomia (em relação aos governos, partidos políticos, credos religiosos e administrações universitárias) e a democracia (expressa no respeito às decisões das suas instâncias deliberativas de base). 

A presidente propôs que o Sindicato Nacional docente mantenha seu perfil combativo, classista e lute intransigentemente pelos interesses dos docentes e se uma aos movimentos sociais que lutem pela superação da sociedade de classes. E firmou o compromisso de atuar para a superação do impasse ocorrido durante o Congresso da Classe Trabalhadora – Conclat e ajudar a construir a reunificação dos movimentos combativos do país.