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Reunião com o governo não avança



Diante da intensificação das mobilizações, da deflagração da greve dos professores da UNEB, da manutenção do estado de greve na UEFS e UESC e da paralisação das atividades acadêmicas na UESB até a próxima assembléia, o governo convocou o movimento para mais uma reunião. No entanto, não houve mudanças significativas em relação às últimas conversas. O governo mantém a posição de não abrir a mesa de negociação ainda em junho e silencia, mais uma vez, em relação à percentagem da incorporação.

A reunião aconteceu na última sexta-feira (11 de junho) e contou com a presença dos representantes das ADs, de Clóvis Caribé (CODES), Adriano Trombone (SAEB), além dos deputados, Valdenor Pereira (Líder do Governo) e Zé Neto (PT). O encontro iniciou-se tenso e os representantes governamentais mostraram-se bastante temerosos quanto à greve, apresentando a condição da retomada das atividades acadêmicas para a assinatura da complementação do termo de compromisso. Mais uma vez, o governo ameaçou e buscou interferir na autonomia, independência e organização do movimento.

Nesta reunião, o governo apresentou uma complementação do termo de (des)compromisso apresentado em 24 de maio. Para o comando de greve, este documento não só não avança para uma negociação como retrocede. O complemento do termo não aponta a incorporação de 70% da CET no período de quatro anos, como o líder do governo, deputado Valdenor Pereira, havia dito na última reunião (09/06). Segundo os representantes do governo, a PGE orientou que este parcelamento não fosse colocado como possibilidade de acordo. O documento ainda não prevê os percentuais de incorporação e seus respectivos prazos, apenas sinaliza uma primeira incorporação até março de 2011. Em consonância com o termo do dia 24 de maio, a pauta emergencial é ignorada mais uma vez pelo governo. Por fim, o termo segue apresentando a suposta abertura da negociação apenas para novembro de 2010.

Um dos pontos do termo causou estranheza do movimento, uma vez que, refere-se a “continuidade do processo de reestruturação das carreiras do magistério superior”. Para o movimento, este item deixa em aberto uma questão que é essencial para os docentes: o Estatuto do Magistério que rege sobre a carreira docente e que foi uma conquista do movimento docente na greve de 2002. O que na carreira estaria sendo reestruturado? Incorporação de gratificação é reestruturar a carreira? Por que o governo tocou neste ponto? Mais uma vez, o governo tenta confundir o movimento, que segue em alerta!
 

Anexos:
Complemento do Termo de Compromisso