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Abertura do IV Congresso da ADUNEB acontece com a presença de representações de diversos campi



 Com a participação de professoras/es, representantes de diversos campi da Uneb, começou na manhã desta sexta-feira (21), o IV Congresso da ADUNEB, que acontece no auditório do sindicato, no Campus I da universidade. O tema central é “Universidade pública e a crise brasileira”. A prestigiada mesa de abertura também contou com a participação de representações do ANDES-SN, do Sintest, da vice-reitora, do diretor do Campus de Irecê,  e de diretores das associações docentes Adufs e Adusc.

Primeiro a falar na abertura do evento, o coordenador geral da ADUNEB e do Fórum das ADs, Milton Pinheiro, abordou a conjuntura política do país. Para o professor, se por um lado ocorre no cenário político um profundo retrocesso, com ataques aos direitos trabalhistas e sociais, por outro, acontece o crescimento e o fortalecimento das lutas da classe trabalhadora organizada. As duas greves gerais, o movimento ocupa Brasília, as inúmeras manifestações nas ruas contra o governo Temer e a construção de algumas ações em unidade, pelas centrais sindicais, são demonstrações da reação dos trabalhadores. Pinheiro também ressaltou as conquistas da luta da ADUNEB e do Movimento Docente, entre elas, a abertura das discussões sobre a Estatuinte e do orçamento participativo. Bandeiras de luta do sindicato, e que a reitoria, no início da atual gestão, não demonstrava interesse político em avançar na pauta.
 
Atual diretor da Adusc e ex-militante da ADUNEB no início da década de 2000, Luíz Blume, relembrou as greves do início do milênio e a reconstrução da ADUNEB, que ocorreu nesse mesmo período. Blume ressaltou o movimento sindical da Uneb e do Fórum das ADs como um exemplo a todo o país, por suas lutas que vão para além das pautas corporativas, a exemplo da atenção a questões como racismo e a participação no Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública.
 
Representando a Adufs o diretor André Uzêda abordou a luta das universidades estaduais da Bahia, pela atual pauta de reivindicações 2017. Uzêda demonstrou a falta de comprometimento do governo Rui Costa com a educação pública superior. Segundo as informações, a pauta foi protocolada em dezembro do ano passado. De todos os itens, apenas neste mês de julho, foram implantadas as progressões e parcela das promoções. O governo ainda se recusa a negociar os demais pontos, a exemplo das alterações de regime de trabalho e os demais pontos, como o aumento orçamentário às universidades, a recomposição salarial e a ampliação do quadro de vagas.
 
Leitura e aprovação do regimento do congresso
 
A diretora da ADUNEB e da Regional Nordeste III, do ANDES-SN, Caroline Lima, trouxe à mesa as importantes contribuições da ADUNEB e do Fórum das ADs ao Sindicato Nacional. De acordo com a professora, dois exemplos são o debate sobre a organização sindical na multicampia e a discussão de questões relacionadas ao feminismo. Ainda segundo Caroline, o próximo Congresso Nacional do ANDES-SN será organizado pela ADUNEB, em janeiro de 2018, e acontecerá na Uneb de Salvador. O fato demonstra a importância do Movimento Docente local na construção da luta nacional, na defesa da categoria.
 
A vice-reitora da Uneb, Carla Liane, iniciou a fala reconhecendo as conquistas da ADUNEB. A gestora manifestou preocupação na relação que o governo do Estado tem com a universidade, sobretudo, quanto à falta de autonomia universitária. Para Liane é preciso que o governador Rui Costa se sensibilize para a relevância das universidades estaduais baianas, responsáveis pela formação das novas gerações e pelo desenvolvimento das inúmeras regiões da Bahia.
 
Joabson Figueiredo, diretor do campus de Irecê, saudou a diretoria do sindicato e declarou que a realização do IV Congresso, com a participação de tantas representações do Movimento Docente, demonstra a vitalidade do sindicato. Figueiredo também reforçou a denúncia sobre a falta de autonomia orçamentária da universidade, em relação ao governo Rui Costa. Finalizou afirmando que a categoria docente precisa continuar a pressão sobre o governo do estado, pois essa é a única maneira de avançar nas conquistas.
 
Encerrando as falas da mesa de abertura, o coordenador geral do Sintest, Firmino Júlio, trouxe o abraço dos cerca de 1500 servidores técnicos aos docentes da universidade. O sindicalista ressaltou a necessidade de continuar a construção da união entre professores, estudantes e técnicos. Segundo Júlio, nos três segmentos nota-se anseio por melhoras. Reitoria e governo do Estado só irão reconhecer o verdadeiro valor da Uneb, a partir da união nas pautas comuns das três categorias.
 
Antes do final da manhã foi realizada a aprovação do regimento do congresso e a apresentação das teses. Nesta tarde o evento terá sequência, às 14h, com uma conferência do professor da Unicamp, Plínio de Arruda Sampaio Jr. Neste sábado (22), acontecem nos grupos de discussões. A plenário final será no domingo (23).