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Versão ampliada da cartilha contra opressões e campanha contra assédio são lançadas pelo ANDES-SN



 A plenária de abertura do 62º Conad, do ANDES-SN, teve como duas de suas atrações o lançamento da segunda versão, atualizada, da Cartilha contra Opressões (leia aqui) e uma campanha de combate ao assédio sexual. O encontro que reuniu representações de seções sindicais de todo o país, vinculadas ao ANDES-SN, aconteceu de 13 a 16 de julho, em Niterói. A atividade teve como tema central “Avançar na unidade e reorganização da classe trabalhadora: em defesa da educação pública e nenhum direito a menos!". O Conad foi sediado pela Associação dos Docentes da Universidade Federal Fluminense.

A construção da cartilha sobre questões relacionadas à luta contra o preconceito de gênero, sexualidade e étnico-raciais foi uma idealização da ADUNEB, posteriormente construída nacionalmente pelo Sindicato Nacional, por meio do Grupo de Trabalho de Políticas de Classe, questões étnico-raciais, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS). A ideia da cartilha ganhou forma a partir de um Texto de Resolução (TR), apresentado pela diretoria da ADUNEB no 60ª Conad, em 2015. Com a primeira versão lançada no ano passado, o material foi disponibilizado a todas as seções sindicais e universidades nas quais o Sindicato Nacional tem abrangência. 
 
Caroline Lima, 1ª vice-presidente da Regional Nordeste III do ANDES-SN e da coordenação do GTPCEGDS, explicou que a versão ampliada e revisada da cartilha traz um debate muito importante para o Sindicato Nacional, que é o combate ao assédio sexual. “Ela tem um caráter formativo, porque compreendemos que somos forjados numa cultura do machismo, na cultura do estupro, e que muita coisa foi naturalizada. Muitos companheiros e companheiras não compreendem que algumas ações são assédio sexual, porque acham que são normais. E a cartilha traz elementos para formar nossa militância para mostrar o que é assédio e como combate-lo nos espaços do ANDES-SN e das universidades”, explicou Caroline.
 
Diretora da pasta de Gênero, Etnia e Diversidade da ADUNEB, Ediane Lopes, também participou das discussões do GT e da elaboração da cartilha. Nessa segunda versão ela considerou fundamental a inserção da discussão sobre assédio sexual. “O foco de nossas reflexões no GT foi a relação construída dentro da universidade, a partir dos processos de precarização. O debate levou em consideração o assédio sexual também como fruto da interseccionalidade de vários elementos intrínsecos ao capitalismo, como as discussões sobre classe, patriarcado, etnicorraciais e a LGBTfobia”, explicou. Ediane também considerou positivo o aprofundamento do tema relacionado à questão indígena.
 
Campanha contra o assédio sexual
 
O ANDES-SN, por meio do GTPCEGDS, também lançou no primeiro dia do Conad uma campanha de combate ao assédio sexual. A ação conta com cartazes, adesivos e ainda um vídeo explicativo sobre o que é o assédio sexual (assista aqui). Agora os materiais serão amplamente distribuídos e divulgados pelas seções sindicais.
 
Fonte: ANDES-SN