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Fórum das ADs discute ampliar e radicalizar a luta frente ao descaso do governo Rui Costa



 Na última terça-feira (16) o Fórum das ADs se reuniu na sede da ADUFS para discutir a pauta estadual e o atual cenário de precarização das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). Através de uma análise de conjuntura, que perpassou por uma discussão nacional e local, o Fórum apontou a radicalidade da luta como uma orientação para as próximas ações diante do governo Rui Costa. 

Foi tirado do espaço um conjunto de iniciativas, através de um calendário de ações, que vão no sentido de radicalizar e ampliar a luta. Entre os apontamentos estão a intensificação da campanha de mídia, indicativo de dias de paralisações, rodadas de assembleias e a Semana em Defesa das Universidades Estaduais, prevista entre os dias 22 e 26 de maio. A caravana nacional de Brasília do dia 24 também faz parte do calendário de mobilização do Fórum.
 
Os docentes avaliaram como o cenário de retirada de direitos tem impactado no desmonte da educação do país, a exemplo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que hoje apresenta um quadro de não pagamento de salário e sucateamento agudo. A análise dos professores é que essa política de desmonte das universidades estaduais se estende em todo o país. 
 
Precarização em números
 
Além de estar há dois anos sem receber reajuste linear, os docentes das universidades estaduais baianas hoje contam com um alto número de processos emperrados de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho. Ao todo, existem de 1.042 processos travados nas quarto UEBA. O que, além de ferir o Estatuto do Magistério e a regulamentação trabalhista dos docentes, implica diretamente no desenvolvimento de ensino, pesquisa e extensão.
 
Além dos os direitos dos trabalhistas ameaçados, as universidades também são atingidas por um estrangulamento orçamentário. Somente 5% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para custeio e investimento das UEBA já não atende mais as necessidades da comunidade acadêmica. Funcionários técnicos também estão sem reajuste linear, estudantes seguem sem uma solução para o problema da permanência estudantil e os terceirizados também são atingidos.
 
Para Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, é preciso radicalizar e fortalecer a unidade entre as categorias das universidades para defender a sobrevivência da educação pública, gratuita e de qualidade. O governador Rui Costa já mostrou que não tem nenhuma responsabilidade com a educação e abertura para diálogo e negociação. Só a intensificação da luta pode reverter essa situação. 
 
A próxima reunião do Fórum das ADs foi marcada para dia 5 de junho, às 9h, em Vitória da Conquista na sede da ADUSB.
 
Ascom Fórum das ADs