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Salvador ocupa às ruas contra a PEC do Fim do Mundo



 A Avenida Tancredo Neves, centro econômico de Salvador, foi tomada por faixas, bandeiras, cartazes e centenas de pessoas, que reivindicavam a reprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/16, popularmente nomeada como “PEC do Fim do Mundo”.  O protesto, que aconteceu na sexta-feira (14), reuniu manifestantes de organizações sindicais, políticas, estudantis e diversos movimentos independentes.

A aprovação da PEC/241/16, em primeiro turno na câmara dos deputados, após a aceleração do processo e sem ampla discussão, tem causado grande insatisfação em todo país. As manifestações contrárias à proposta de norma e ao ilegítimo governo Michel Temer voltaram a ocorrer, levando milhares de manifestantes às ruas. Segundo analistas políticos, a votação na câmara que aprovou a proposta, após um luxuoso jantar, oferecido por Temer a centenas de deputados da base aliada governista, realizado no domingo (09); somado a todos os ataques aos direitos trabalhistas contidos na PEC, têm sido a pólvora que impulsiona o novo ciclo de revolta popular no Brasil contra o governo federal.

A mobilização em Salvador foi marcada por palavras de ordem, que ecoavam reinvindicações como “Ocupa tudo contra a PEC do Fim do Mundo”. A frase dialogou com o tema das ocupações escolares que acontecem em todo o país, contra a reforma escolar que Temer tenta implementar. A passeata saiu do Iguatemi, avanço pela avenida Tancredo Neves, e foi finalizada na sede do PMDB, no bairro Costa Azul, local em que a manifestação aconteceu pacificamente. 

Para a diretoria da ADUNEB, a PEC 241/16 é um dos maiores ataques do pacote de horrores de Michel Temer. É preciso que a população brasileira tenha noção do tamanho do retrocesso que essa medida significa: congelamento de salário e não investimento nos serviços públicos, tais como saúde e educação, por 20 anos. Além de inconstitucional, a PEC coloca a conta da crise econômica nas costas dos trabalhadores e a população mais pobre, em detrimento dos privilégios dos setores mais ricos da população. É preciso unificar as lutas e a resistência contra o governo Temer e sua agenda conservadora. A greve geral torna-se cada dia uma ferramenta mais necessária.