Já morri na fogueira, sou eterna, sou lésbica
Já morri na fogueira, sou eterna, sou lésbica
Tenho visibilidade
Você me enxerga
Tapa o olho pra não ver
Nega, sonega e renega
Direitos, respeito
Quando na rua é pedra
Fala em Deus, em Cristo
Mas na cruz me prega
Não discrimino não
Tenho até amigos que são
Se reclama então...
É vitimismo nas redes de socialização
Estupro, ódio gratuito na instituição
Sob o sol e chuva, tanta discriminação
Estou em todos os lugares
Pois é senado, quer goste ou não sou população
Sei quem sou
Sei quem amo
Sou o que sinto
Sinto muito, não me engano
Minha luta é todo dia
Pra e por não viver debaixo do pano
Sendo ignorada ou xingada
Esse é o meu cotidiano.
Laís Bronzi Rocha - 24/08/2016
Estudante do terceiro ano do Ensino Médio e Técnico em Hospedagem do Colégio Técnico da UFRRJ (CTUR)