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Governo Ilegítimo! Não reconhecemos o Governo Temer!



 Desde as manifestações de junho de 2013 as contradições do processo de crise no Brasil estão sendo questionadas, tanto por diversas mobilizações de representativos setores da classe operária e, tanto pelas diversas frações da burguesia interna, circunstanciando um conjunto de impasses que modificaram o quadro político em questão, e que foram agravadas depois das eleições de 2014 por uma ação política da direita, que fere os princípios das liberdades democráticas, a exemplo da votação do impedimento da presidenta da República, no dia 17 de abril.

O impeachment de Dilma, mesmo não tendo havido ainda uma comprovação de ilegalidade, se deu também pela perda de legitimidade política e social. Depois de eleita, fez tudo ao contrário do prometido, aplicando políticas econômicas e sociais típicas do neoliberalismo mais duro e antipopular. A direita tradicional e o grande capital, analisando a fragilidade do governo, optaram por uma postura mais agressiva e desestabilizadora, indo para a ofensiva.
 
Nós trabalhadores/as não podemos deixar de reagir às questões centrais dessa situação. Precisamos entender a crise sistêmica do capital (mudanças no capitalismo, transformações autoritárias nas relações de trabalho, mudanças na subjetividade da classe operária e radicalização no ataque ao fundo público/Estado), que tem aberto um conjunto de ações de ataque aos direitos sociais, trabalhistas, previdenciários e humanos.
 
Compreendemos que o governo de Temer, está marcado pela ilegitimidade, ilegalidade e corrupção, devendo aprofundar e ampliar medidas antipopulares e antinacionais que, em grande parte, já vinham sendo praticadas pelo governo Dilma: como o ajuste fiscal, as privatizações, corte de verbas de políticas sociais, saúde, educação, quebra de direitos trabalhistas e previdenciários, etc. Temer tem sido, com frequência, citado nominalmente como envolvido nas acusações de corrupção, com seu nome em listas e várias denúncias de recebimento de propinas de empreiteiras investigadas na Lava Jato.
 
Mas a falta de legitimidade não atinge somente o Poder Executivo. O Congresso, Câmara e Senado, recheados de parlamentares corruptos, também não tem legitimidade para escolher um presidente da República, como está fazendo. O presidente do Senado, como o suspenso Eduardo Cunha, está comprovadamente envolvido em diversos casos de corrupção, o que tira a sua legitimidade para dirigir essas casas em situação normal e, ainda mais, em um processo da envergadura de um impeachment.
 
Diante disso, o Movimento Docente reunido em Assembleia, no último dia 20 de maio de 2016, deliberou por unanimidade não reconhecer o Governo Temer e ser colocar enquanto oposição a ele! Contribuir para organizar a classe trabalhadora e construir a greve geral em defesa dos interesses da classe trabalhadora!! Lutamos por:
 
1) Encontro Nacional das Classes Trabalhadoras (ENCLAT) 
 
2) Não reconhecer nem a legalidade nem legitimidade de Temer, que chega ao governo como resultado  de uma manobra político palaciano (Fora Temer);
 
3) Não reconhecer a legitimidade deste Congresso fisiológico e corrupto para impor um novo presidente;
 
4) Conclamar a militância e lutadores sociais a lutar contra o governo ilegítimo de Temer (e não reconhecê-lo) e todas as políticas regressivas, inclusive aquelas que começaram a ser colocadas em prática pelo governo de Dilma, das mais diversas formas de luta, como manifestações, dias de luta, greves, ocupações, e nas redes sociais, etc;
 
5) Nenhum direito político, trabalhista, previdenciário, social e cultural a menos!
 
6) Manter a oposição de esquerda na luta e construir uma alternativa verdadeiramente de esquerda  e dos (as) trabalhadores (as)! 
 
 Juntos Somos Fortes!