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1º de Maio na Paulista defende alternativa dos trabalhadores



 Atividade foi em contraponto ao ato da CUT, governista, e o da Força Sindical, de oposição de direita

 
Esse 1º de maio na Avenida Paulista, mostrou que existe uma alternativa política que não é Dilma (PT), mas também não é Temer, Cunha (ambos do PMDB) nem Aécio (PSDB).
 
Estavam trabalhadores, jovens, que lutam contra opressões, por terra e moradia, que estão dispostos a buscar uma alternativa nas lutas e que derrube essa corrupção, os ataques aos direitos proferidos pelo governo petista e por essa oposição de direita.
Defendida por diversas entidades e movimentos que compõem o Espaço de Unidade de Ação, a Greve Geral foi apresentada como fundamental para construir uma alternativa em defesa dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre.
 
Caravanas de cerca de vinte estados brasileiros traziam suas bandeiras pra avenida Paulista. “Greve Geral para derrotar o ajuste fiscal”, “Fora todos, eleições gerais”, “Fora Dilma, Pezão, Cunha, Aécio e esse Congresso”, “Tirem as mãos de nossos direitos, Greve Geral, Eleições Gerais”.
 
Esse foi o tom do ato classista, independente e internacionalista, que encheu a Paulista de bandeiras vermelhas pelo socialismo neste 1º de maio. Entre os 4 mil presentes estavam petroleiros, bancários, servidores públicos, estudantes e professores de escolas em luta, metalúrgicos, químicos, operários da construção civil, motoristas, aposentados, juventude, os que lutam contra opressões e outros.
 
Na manhã deste domingo (1), o ajuste fiscal foi criticado por inúmeras entidades, assim como o corte de direitos, as demissões, as terceirizações e a reforma da previdência. Movimentos sociais como Luta Popular, Mulheres em Luta, Quilombo Raça e Classe, Moquibom, Assembleia Nacional dos Estudantes Livre, coletivos, e partidos de esquerda marcaram presença.
 
Internacionalismo
 
No ato da Avenida Paulista não foi esquecido que não é somente no Brasil que os trabalhadores vem tendo direitos históricos atacados. 
 
A presença de um dirigente sindical de Portugal e as mensagens da Itália, Espanha, Paraguai e Inglaterra lembraram que aquele era um ato internacionalista, resgatando a unidade da classe em todo o mundo. Herança de luta desde que os 12 trabalhadores mortos em Chicago (Estados Unidos), em 1886, durante uma greve que reivindicava a redução da jornada de trabalho.
 
Ali estavam também a defesa do povo palestino que luta contra o genocídio cometido pelos judeus sionistas, assim como do povo sírio contra a ditadura de Bashar al-Assad.
 
Ato na Bahia
 
O Fórum das Associações Docentes de Uneb, Uefs, Uesb e Uesc, que integram a CSP-Conlutas-BA, além de somar forças ao Ato Público de São Paulo, também participou da manifestação que aconteceu em Salvador, em frente à câmara dos vereadores. Representantes de diversas organizações políticas da esquerda progressista fizeram falas que denunciaram os ataques impostos pelos governos estadual e federal; e ainda fizeram o chamado pela unidade da classe trabalhadora.
 
Nas falas, de maneira unânime, o objetivo é avançar na luta e construir um terceiro campo político, que unifique as pautas comuns de um programa proletário, que atenda as demandas da classe trabalhadora, das minorias oprimidas, a exemplo das comunidades GLBT, negras, mulheres, população ribeirinha e quilombola, entre outras. 
 
Texto: CSP-Conlutas, com edição ADUNEB