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ADUNEB na Estrada, em Bonfim, debateu ofensiva conservadora e Estatuinte



 No último dia 19 de abril a comitiva de professores do projeto ADUNEB na Estrada esteve no Campus de Senhor do Bonfim. Em pauta estavam assuntos como o processo Estatuinte na Uneb e a ofensiva conservadora, que setores reacionários da sociedade tentam impor ao país. 

A atividade foi dividida em duas etapas. A primeira foi uma roda de conversa, que abordou as questões relacionadas aos ataques do conservadorismo e o papel da universidade no atual cenário. A mesa contou com representações docentes dos cursos de Senhor do Bonfim, da diretoria da ADUNEB e da representante local do Movimento Docente (MD). De acordo com a direção do sindicato dos professores, o debate em Bonfim, além de ser atual, ganhou ainda mais importância a partir das agressões verbais homofóbicas, proferidas por um médico de um hospital local, contra uma docente e estudantes da Uneb. O problema foi denunciado pela ADUNEB no dia 18 deste mês (leia mais).

Ainda segundo a diretoria do sindicato, o caso ocorrido no hospital de Bonfim não pode ser analisado como um problema isolado. Representa uma ofensiva conservadora que ataca também a universidade pública, visto o importante papel da Uneb na formação, informação e socialização do conhecimento a todas as regiões da Bahia. Outros casos de agressões e preconceitos também já aconteceram em demais campi da universidade. Em todos os episódios, sem exceções, o Movimento Docente defende a profunda investigação dos fatos e a punição exemplar dos culpados. 

Para o segundo momento das atividades foram reservadas as discussões do ADUNEB na Estrada. Momento em que os representantes do sindicato debateram a pauta interna na universidade com a comunidade acadêmica local. Entre os temas da pauta, as questões acerca do processo Estatuinte chamaram a atenção do grupo. A ADUNEB reforçou os princípios defendidos pelo MD (leia mais) e denunciou a manipulação da Reitoria (leia mais), na formação de uma comissão, realizada na última reunião do Conselho Universitário, ocorrido no Campus de Paulo Afonso, no final do mês de março. 

Ainda sobre Estatuinte, de acordo com relatos da comunidade acadêmica local, até o momento, Reitor e seus representantes da Administração Central não realizaram nenhum debate ou esclarecimento sobre Estatuinte com o Campus VII. Para a direção do sindicato, tal atitude evidencia desrespeito com a comunidade acadêmica e falta de vontade política de ampliar o debate por parte da Reitoria. A tentativa dos gestores é centralizar as deliberações, dificultar o debate democrático, manipular o processo e impor os interesses da Administração Central.