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Professores da UFSC restabelecem Seção Sindical do ANDES-SN

A emoção tomou conta dos professores da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC que participaram da assembléia geral, na tarde de quinta-feira (5/11), convocada para reorganizar a Seção Sindical do ANDES-SN na instituição. “Foi um momento revigorante para todos nós, porque demonstrou o quanto o Sindicato Nacional é importante para os docentes e o quanto esses docentes querem ser representados por esta entidade sindical”, afirma a vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, Bartira Silveira Grandi.

De acordo com ela, 73 professores da UFSC compareceram à assembléia, muitos deles já apresentando listas com adesões de outros companheiros que, por um motivo ou outro, não puderam comparecer, mas pretendem participar da Seção Sindical. “Em um clima de muita animação, confiança e certeza de que trilhávamos o caminho certo, elegemos uma boa diretoria provisória”, esclarece.

O processo de ruptura com o ANDES-SN ocorreu em setembro passado, após a diretoria da Seção Sindical propor e trabalhar pela aprovação da transformação da entidade no denominado Sindicato dos Professores das Universidades de Santa Catarina. A aprovação se deu por assembléia plebiscitária, em que cerca de 60% dos professores votaram favoráveis e 40%, contrários.

“Decidimos convocar uma assembléia para reorganizar a Seção Sindical do ANDES-SN justamente porque consideramos esse processo de ruptura completamente irregular. O processo fere o estatuto do ANDES-SN e o regimento da Seção Sindical. Não se pode transformar um sindicato em outro sindicato”, afirma o professor da UFSC e ex-presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo.

Segundo ele, a reorganização da Seção Sindical visa garantir o direito dos professores que querem permanecer vinculados ao ANDES-SN, inclusive porque é o ANDES-SN que possui a legitimidade da representação dos docentes das universidades federais do país. “Qualquer outra entidade criada para este fim será irregular e de caráter não sindical”, acrescenta.

Paulo Rizzo aponta ainda outras irregularidades que marcam a fundação no novo sindicato, como a transferência automática dos 2,6 mil sindicalizados da Seção Sindical do ANDES-SN.  “Eles não extinguiram a Seção Sindical e querem levar seus sindicalizados para outra entidade? Além disso, a criação dessa nova entidade não pode tirar a representação que por direito é do ANDES-SN”.

O professor ressalta também que a reorganização da Seção Sindical tem o propósito de restabelecer a unidade dos professores tanto no âmbito da UFSC como em âmbito nacional. “Como uma entidade local vai beneficiar a categoria? Vai negociar com quem, com o governador do estado?”, questiona.