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Paralisação por tempo indeterminado do DCV-I segue forte



 A paralisação das atividades práticas do Departamento de Ciências da Vida, do Campus I (DCV-I) continua e segue por tempo indeterminado. Esse foi um dos encaminhamentos da reunião e atividade de mobilização, realizada na segunda-feira (01), com a presença de dezenas de professores e estudantes dos cursos do setor de saúde do Campus de Salvador (leia mais), realizada na reitoria da universidade. A paralisação foi deliberada em Plenária Departamental, na última quinta-feira do mês de janeiro (28), pelo conjunto dos docentes do DCV-I. A luta é pelo reestabelecimento imediato do adicional de insalubridade, cortado de maneira irresponsável pelo governo Rui Costa, e contra o desmonte da universidade pública. 

Segundo os professores, o corte do adicional feito em novembro do ano passado foi arbitrário, prejudicou centenas de docentes das quatro Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), e de vários outros setores do funcionalismo público estadual. Ainda segundo o relato dos professores, a ausência de critérios para o corte ficou evidenciada na maneira como o governo fez a escolha de nomes para a exclusão do adicional: o parâmetro foi a letra inicial do docente. Em vários cursos de saúde da Uneb, os cortes somente atingiram professores com nomes que começavam com as letras A até M. Todos os demais foram poupados da maldade de Rui Costa. 
 
Para a diretoria da ADUNEB, a questão vai além da apresentação de documentos e questão técnicas que comprovem a necessidade do adicional de insalubridade. O problema compreende um projeto político de ataque aos direitos dos trabalhadores, que vem sendo imposto pelo governo petista à classe trabalhadora, sobretudo, aos servidores públicos do estado. A retirada da insalubridade é a precarização do projeto de saúde pública e a intensificação do desmonte da educação superior pública na Bahia. 
 
Hall da Reitoria e andar superior repleto de professores e estudantes
 
Durante a manifestação da segunda-feira (01), a maioria das falas de professores e estudantes defendia, contra os ataques do estado e o desmonte da educação pública, a união dos três segmentos da universidade. Além das questões relativas à retirada de direitos trabalhistas, vários estudantes também relataram problemas como déficit do quadro de vagas docente, laboratórios e acervos de livros desatualizados, ausência histórica de um restaurante universitário, entre outros itens. 
 
Já próximo ao final da reunião, após professores e estudantes cobrarem a presença do Reitor à atividade, José Bites, veio ao encontro dos manifestantes e afirmou estar comprometido em buscar soluções aos problemas. O Administrador Central ressaltou a ingerência do estado e a falta de autonomia das Ueba nas questões administrativas e financeiras das universidades.  
 
A próxima plenária de professores do DCV-I acontece na terça-feira (16), a partir das 14h. A princípio a atividade está pré-agendada para acontecer na Reitoria. Caso o governo não adote providencias urgentes referentes ao corte do adicional de insalubridade, os docentes não descartam a paralisação geral, por tempo indeterminado, dos cursos de saúde do Campus I.