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Corte de insalubridade – Fórum das ADs faz reunião com governo

 Saeb responsabiliza Reitores das Ueba e afirma que as Administrações Centrais já sabiam da possibilidade de cortes desde setembro

Nesta terça-feira (01) o Fórum das ADs fez reunião com as secretarias de Administração (Saeb) e Relações Institucionais (Serin), em Salvador. O objetivo foi cobrar informações do governo sobre os repentinos cortes dos adicionais de insalubridade dos professores das Universidades Estaduais da Bahia, realizados na semana passada. De acordo com a lista apresentada pela Saeb, 846 docentes tiveram seus orçamentos familiares prejudicados com o corte das insalubridade, sendo 362 da Uesb, 201 da Uesc, 148 da Uneb e 135 da Uefs. Apenas 367 professores das Ueba permaneceram com os adicionais. A ADUNEB já entrou com Mandado de Segurança para o reestabelecimento dos processos (leia mais). 

Os representantes do Movimento Docente questionaram os cortes das insalubridades, e, ainda, de maneira tão repentina. Segundo o Superintendente de Recursos Humanos da Saeb, Adriano Tambone, as Reitorias das quatro Ueba já haviam sido informadas sobre os possíveis cortes dos benefícios no começo do mês de setembro (leia o documento no anexo). Desde então, nenhuma providência foi tomada pelas Administrações Centrais. O corte teria sido feito para detectar os processos irregulares. 

Após o questionamento das ADs, Tambone declarou que um mutirão de técnicos da Saeb analisam os processos, que estão chegando ao governo com solicitação de revisão do corte. Ainda segundo o superintendente, todos que estiverem de acordo com as especificidades exigidas terão o retorno dos adicionais, que serão pagos com retroatividade ao mês que foi efetuado o corte.

O representante da Saeb orientou que para facilitar e dar mais rapidez à análise dos processos, os mesmos devem ser encaminhados à Secretaria de Administração aglutinados por “similaridades de atividades”. Porém, Tambone frisou que existirá muita dificuldade em reimplantar a insalubridade para aqueles funcionários que exercem suas funções em bibliotecas. O comentário foi criticado pelos professores.

Para a diretoria da ADUNEB, além do descaso das Reitorias, a situação evidencia a má vontade do governo Rui Costa com os professores das Ueba. A busca por irregularidades deveria ter sido feita caso a caso, através de nova perícia e não o corte de centenas de adicionais, sendo que a grande maioria está dentro das normas exigidas. O que se comprova é que o corte foi aleatório, pois impacta apenas uma quantidade de letras do alfabeto.

                                                                                                                                         Foto: Ascom Adufs

ADs foram incisivas na crítica à atitude do governo

Anexos:
Ofício Saeb insalubridade