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Greve de advertência – Uneb de portões fechados



 Proposta do Fórum das 12 é endurecer a luta pelo aumento do orçamento e paralisar as Ueba de 17 a 19 deste mês. Indicação faz parte da Semana de Mobilização e Lutas, que mostra a disposição das estaduais baianas à radicalização

 

Reunião do Fórum das 12 indica, neste mês de setembro, a deflagração de uma greve de advertência de três dias nas Universidades Estaduais da Bahia. A recomendação do Fórum é que a atividade faça parte da Semana de Mobilização e Lutas, em protesto contra o descaso do governador Jaques Wagner à crise financeira das Ueba. A proposta é que nos dias 15 e 16 de setembro ocorram mobilizações nos campi; e dos dias 17 a 19, seja feita a greve de advertência. Na ADUNEB, segundo a diretoria, essa paralisação de três dias, com portões fechados, já foi aprovada em assembleia geral docente, realizada em 16.07 (leia mais). A indicação do Fórum das 12, um espaço aberto à construção da luta de professores, estudantes e técnicos das Ueba, foi realizada em reunião extraordinária, realizada em 04.09, em Feira de Santana.
 
A ação é uma resposta aos constantes ataques do governo Jaques Wagner à educação pública superior. Como já denunciado pela ADUNEB, em 02.09 (leia mais), a última investida do governo foi a estimativa de corte de R$ 7,2 milhões em custeio e investimento para o orçamento das Ueba do próximo ano. Se confirmada a previsão, apenas entre 2013 e 2015, as estaduais da Bahia sofrerão cortes nas rubricas citadas na ordem de R$ 18 milhões. 
 
Para a Semana de Mobilização e Lutas, os representantes do Fórum das 12 propõem uma possível ocupação da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a ser efetivada nos dias da greve de advertência. A diretoria da ADUNEB relembra que, caso ocorra, essa não será a primeira vez que os professores ocuparão a Alba. Provocado pelo mesmo governo Wagner, o Movimento Docente das Ueba fez greve de 78 dias, em 2011, também ocupou por uma semana a casa de leis, e só saiu do local após impor derrota ao governo petista.
 
Cansados de inúmeras reuniões sem efeito com os governistas, a paciência de professores, estudantes e técnicos se esgota. Jaques Wagner mostra-se refratário às críticas e reivindicações. Segundo o MD, seja pelo caminho da negociação ou do movimento paredista, a comunidade acadêmica mostrará novamente sua força em defesa da educação pública de qualidade.