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Atos em apoio à luta do povo hondurenho clamam por novos protestos



Em frente ao Consulado de Honduras, em São Paulo e no Rio de Janeiro, os manifestantes repudiaram a repressão sofrida pelo povo hondurenho

O Ato em solidariedade à resistência contra o golpe em Honduras que aconteceu ontem (23) em São Paulo contou com a presença de várias entidades do movimento, que levantaram faixas e aplavras de ordem de repúdio aos golpistas e à atual situação em que se encontra o país. Os manifestantes gritavam: “golpistas fascistas não passarão”.

O dirigente da Conlutas Dirceu Travesso, o Didi, salientou que o objetivo da mobilização era manifestar a solidariedade ao povo de Honduras que resiste desde junho deste ano, e vem sofrendo duramente com ataques e perseguições. “Militares sitiaram a cidade de Tegucipalga, com toque de recolher, impedem as pessoas de circularem pelas ruas e repreendem duramente qualquer tipo de manifestação contra o golpe”, ressaltou cahmando a solidariedade à resistência.

O povo hondurenho resiste ao golpe há mais de 85 dias, e sofre com o abuso e atrocidades cometidas pela policia. O secretário de Organizações Internacional do Partido Psol, Pedro Fuentes, acredita que manifestações como esta são apenas o primeiro passo. “Este ato é simbólico, e esta demonstração de solidariedade deve continuar”, comentou.

O estudante Bernardo Andrade, do movimento “A Plenos Pulmões”, frisou que a mobilização em solidariedade ao povo de Honduras é fundamental. “A atual situação política do país é um reflexo da crise internacional, e a direita apóia veladamente o regime ditatorial instalado no país, com a ajuda do FMI, que liberou verba para os golpistas, como sabemos o FMI está diretamente ligado ao EUA”.

Andrade acredita ser fundamental a denúncia de repressão que acontece com os manifestantes de lá. Acrescentou ainda que todas as entidades devam apoiar essa luta do povo hondurenho. “Após a saída de Zelaya estão acontecendo atrocidades no país, se os métodos de intimidação continuarem, serão legitimados, e não podemos permitir que isso aconteça”.

A integrante da “Liga Estratégia Revolucionária” Simone Ishibashi disse que acima de tudo não devemos ser inocentes. “O acolhimento de Zelaya na Embaixada Brasileira representa um cálculo político. A estratégia de falso acordo entre o governo interino e o presidente deposto, é falsa. Vemos que não é bem assim, até agora nada foi feito, e o povo de lá sofre com o governo ditatorial”, disse revoltada com a falta de divulgação do que realmente está acontecendo em Honduras.

Didi convocou todas as entidades a participarem da reunião para articular soluções em solidariedade ao povo o povo hondurenho. O encontro acontece hoje (23), às 15h, na Sede na Conlutas SP. “Precisamos nos organizar e deixar de lado as diferenças, lutar junto com Honduras pela restituição do governo, pela convocação de uma Assembleia Constituinte, e que os golpistas sejam devidamente punidos”, disse Dirceu.

Estavam presentes representantes das centrais sindicais Conlutas, Intersindical, CUT, de sindicatos como Sintrajud, Sintusp e de outros, do DCE da USP e dos partidos PSOL e PSTU. O MST convocou o ato, mas não pode enviar representação.

No Rio de Janeiro também ocorreu protesto contra o golpe em frente ao consulado hondurenho.

Veja aqui o especial do ANDES sobre o golpe em Honduras