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Estaduais da Bahia protestam no Cortejo 2 de Julho



 A comunidade acadêmica das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) ocupou as ruas de Salvador, em 02.07, para protestar contra a grave crise financeira que impacta a educação pública superior do estado. O descaso do governo Jaques Wagner sucateia as Ueba e compromete ensino, pesquisa e extensão. A atividade feita por professores, estudantes e técnicos integrou o Cortejo 2 de Julho, data da independência da Bahia, que tradicionalmente é marcada por manifestações populares e políticas. 

Neste ano, a reivindicação das Ueba ganhou ainda mais adesão de professores e força após o governo estadual romper o acordo firmado e interromper o processo que levaria à votação o PL de desvinculação das vagas às classes. As negociações, que demoraram mais de seis meses, haviam sido firmadas entre o Fórum das Associações Docentes, o Fórum dos Reitores e a Secretaria da Educação (leia mais). O PL é uma bandeira de luta do movimento docente importante para diminuir o déficit no quadro de vagas. Além disso, faria com que vários professores pudessem avançar na carreira tendo efetivadas suas promoções, um direito do trabalhar, garantido em lei.
 
Professores da ADUNEB marcam presença
 
O ponto negativo do cortejo foi a proibição da utilização do já tradicional balão do Fórum das ADs / ANDES-SN. Já no local do evento, sete representantes do governo obrigaram os professores a esvaziar o artefato sob a ameaça de tomarem o mesmo dos docentes. Para os diretores da ADUNEB, o impedimento da livre manifestação em uma festa caracterizada por ser popular, evidencia a maneira autoritária e antidemocrática que os governos estadual e municipal de Salvador exercem suas gestões.
 
Luta pelo orçamento
 
A reivindicação da comunidade acadêmica das Ueba é pelo aumento no repasse orçamentário de estado para, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI). Atualmente o valor destinado às universidades não chega a 5%. 
 
Comunidade acadêmica unida pelo orçamento
Segundo os professores, o descaso do governo estadual faz com que constantemente bolsas de permanência estudantil e pesquisa sejam atrasadas. O déficit no quadro de vagas de professores e técnicos precariza o trabalho e coloca em risco a continuidade das atividades para o próximo semestre em alguns departamentos. Faltam ainda infraestrutura e matérias didáticos para o bom funcionamento de salas de aula e laboratórios. Os serviços terceirizados constantemente sofrem com pagamentos atrasados, que às vezes ultrapassam dois meses, um desrespeito ao trabalhador. Em alguns campi já chegou a faltar inclusive materiais de limpeza e higiene pessoal. A comunidade acadêmica reivindica 7% da RLI, já!
 
Para ver mais fotos das UEBA no Cortejo 2 de Julho clique aqui e entre no Facebook da ADUNEB.