28 de maio - paralisação das Ueba
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As Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) paralisarão as atividades acadêmicas na quarta-feira, 28.05. A atividade, realizada por um dia, integra a agenda de mobilizações indicada pelo Fórum das Associações Docentes (ADs) e faz a denúncia da grave crise financeira imposta pelo governo do estado, que afeta estudantes, professores, servidores técnicos e terceirizados. A paralisação também faz parte do Dia Nacional de Luta em Defesa das Instituições Estaduais de Ensino Superior – IEES, organizado pelo ANDES – Sindicato Nacional (leia mais). Os detalhes da atividade das Ueba foram acertados na última sexta-feira, 16.05, em reunião das ADs na ADUNEB.
A mobilização de 28 de maio, aprovada em assembleia geral, será de portões fechados na Uneb, em todos os campi, com a paralisação das atividades acadêmicas e administrativas, inclusive nas pró-reitorias que funcionam em prédios fora do campus-I. As atividades iniciarão, em Salvador, às 7h, com panfletagem no portão da universidade. Depois, às 9h, professores, técnicos e estudantes das quatro Universidades Estaduais da Bahia (Uneb, Uefs, Uesb e Uesc) farão um ato de protesto na Assembleia Legislativa.
Para a mobilização maciça, que acontecerá em Salvador, os diretores da ADUNEB conclamam os professores que atuam e residem no interior a virem à capital fazer parte das atividades. É importante o maior número possível de docentes. Os interessados devem entrar em contato com a ADUNEB pelo email: aduneb@atarde.com.br ou (71) 3257-9333 / 5803. No local, além de docentes, técnicos e estudantes com faixas, cartazes, camisetas da campanha, também acontecerão atividades culturais.
Para os campi do interior que desejarem imprimir panfletos e confeccionar faixas com o tema da campanha de orçamento, a solicitação é que entrem em contato com a ADUNEB. Os custos com a execução dos materiais serão de responsabilidade do sindicato.
Crise financeira
Segundo a diretoria da ADUNEB, a crise financeira imposta pelo governo Jaques Wagner impacta todos os setores da universidade: faltam materiais e infraestrutura para ensino, pesquisa e extensão. O estrangulamento orçamentário também atinge à política de permanência estudantil, a construção de restaurantes universitários, o déficit no quadro de vagas para professores e técnicos, o atraso nos pagamentos dos terceirizados e prestadores de serviço.
Neste ano, insensível à crise financeira da educação pública superior, além do governo não aumentar o repasse orçamentário, cortou aproximadamente R$ 12 milhões das Ueba em custeio e investimento. Desde 2007, os únicos aumentos reais feitos por Jaques Wagner foram na folha de pagamento de pessoal e, mesmo assim, depois de muita luta e perseverança do Movimento Docente, com as greves de 2007 e 2011; e as mobilizações de 2013, que chegaram ao indicativo de greve.
Foto: Mairan Reis
Reunião do Fórum das ADS e ANDES-SN - preparativos para a paralisação
