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ADUNEB protesta no Cortejo 2 de julho



 Em defesa da Universidade pública e gratuita, por maior repasse orçamentário do governo e autonomia às Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), a ADUNEB e as demais Associações Docentes, que compõem o Fórum as ADs, ocuparam as ruas do centro de Salvador, neste 2 de julho, dia em que se comemora a Independência da Bahia. O ANDES-SN também marcou presença na atividade. A participação do Fórum já é uma tradição no conhecido cortejo, que reúne sindicatos, partidos políticos, ONGs, associações de bairro e população em geral, para reivindicar e protestar contra os problemas políticos, econômicos e sociais do país.

Fórum das ADs no Cortejo - luta pela educação

O bloco do Fórum das ADs, composto por cerca de cem integrantes, entre docentes, estudantes e técnico-administrativos, por onde passava recebia palavras de apoio e aplausos da população. Vestidos com camisetas laranja, acompanhados por uma animada fanfarra, os professores reivindicavam a atenção do governo do estado para a situação precária da Educação Pública Superior da Bahia. Nas camisas, faixas e placas, os docentes pediam o repasse de 7% da Receita Líquida de Imposto (RLI) para suprir as demandas de ensino, pesquisa e extensão; e a revogação da Lei 7176/97, que fere a autonomia das Ueba.
 
Diretores da ADUNEB
 
A participação da ADUNEB no cortejo durou cerca de três horas. Saiu do Largo da Lapinha, passou pelas ruas do centro antigo da cidade e terminou no Pelourinho. Estima-se que aproximadamente 60 mil pessoas participaram da caminhada.
 
Luta histórica
 
O aumento no repasse de verbas e a autonomia universitária já são lutas históricas do Movimento Docente (MD) das Ueba, que o governo Jaques Wagner, de maneira autoritária, insiste em não avançar nas discussões.
 
Atualmente o repasse orçamentário do estado às Universidades Estaduais não chega a 5% da RLI. O problema levou os reitores da Uneb, Uefs e Uesb, no ano passado, a solicitar suplementação de verba para custeio e investimento. 
 
Para denunciar à sociedade o estrangulamento financeiro, o MD paralisou, em novembro de 2012, as atividades acadêmicas por um dia (leia aqui) e realizou, em maio deste ano, uma audiência pública na Comissão de Educação, da ALBA (leia aqui)). Além disso, depois de muita pressão, os professores também conseguiram que a Coordenação para o Desenvolvimento do Ensino Superior – CODES, órgão vinculado à Secretaria da Educação, se comprometesse em marcar uma reunião, ainda neste mês de julho, para iniciar uma agenda de discussões sobre financiamento, autonomia universitária e carreira docente,