Trabalhadores nas ruas exigem emprego, redução de jornada e fora Sarney
O
14 de agosto, Dia Nacional Unificado de Lutas, foi um sucesso.
Organizado pela Conlutas, Intersindical, demais centrais sindicais e
movimentos sociais, mobilizou trabalhadores e estudantes em diversas
capitais brasileiras. Em Brasília, o ANDES-SN participou da marcha que
levou 4 mil trabalhadores à Esplanada dos Ministérios. O sindicato
Nacional docente também avalizou as ações que suas Seções Sindicais
organizaram nos estados.
As
bandeiras defendidas pela Conlutas estiveram presentes em todas as
manifestações: aumento geral dos salários e ampliação dos direitos;
redução da jornada de trabalho para 36h sem redução de salários e
direitos; que o governo Lula pare de dar dinheiro pra banqueiro e
patrão e garanta estabilidade no emprego a todos os trabalhadores; fora
Sarney e fim do Senado, por uma Câmara Única; quebra de patente e
remédios para todos contra a gripe suína; reforma agrária e urbana e em
defesa dos investimentos em políticas sociais.
Avenida Paulista é tomada por manifestações e protestos
Na
manhã ensolarada de sexta-feira (14), às 11h, a principal via de São
Paulo foi tomada por manifestantes. A Paulista contou com a presença de
mais de 4 mil pessoas. Faixas faziam parte da paisagem com protestos
por emprego; pela diminuição da jornada de trabalho de 44h para 40h
semanais sem a diminuição dos salários; pelo “Fora Sarney” e por uma
câmara única. A saúde também foi tema da mobilização, contra o atual
governo que manipula o real estrago desta pandemia causada pela gripe
suína, e pela distribuição gratuita do remédio Tamiflu.
No
palanque, representantes dos movimentos se uniram em protestos
unificados e seguiram em marcha um percurso que teve inicio na praça
Osvaldo Cruz e foi até o vão do Masp. Os manifestantes gritavam em coro
“Por esta crise não vou pagar! A luta por emprego e estabilidade já”.
Com faixas escritas “Fora Saney” mostraram a indignação e o repúdio
pelo atual Senado. Muitos colocaram máscaras cirúrgicas em protesto
contra a gripe suína, denunciaram ainda o golpe em Honduras e
defenderam a volta do presidente deposto Manuel Zelaya.
Houve
uma parada em frente à Petrobrás, onde foram levantadas as bandeiras da
campanha “O petróleo é nosso”, por uma empresa 100% estatal.
Um
dos coordenadores da Conlutas de SP, Geraldinho (Gegê), do Sindicato
dos Professores Estatuais de São Paulo, criticou duramente a atual
política. “Nós da Conlutas acreditamos que não basta o fora Sarney, é
preciso exigir o fim do senado por uma câmara única”. Afirmou ainda que
os trabalhadores não vão pagar pela crise e, ao final, mostrou sua
solidariedade ao povo hondurenho e contra o golpe militar”.
O
representante da Intersindical, Índio, defendeu a redução da jornada de
trabalho de 44h para 40h semanais sem redução do salário e contra a
política neoliberal e a crise causada pelo governo capitalista de Lula.
Os trabalhadores sem-terra também marcaram presença. Eles estão em
marcha pela reforma agrária e já percorreram todo o País.
Zé
Maria, coordenador da Conlutas, relatou o descaso do atual governo com
a saúde pública em nosso País “É preciso exigir investimento e a
distribuição gratuita do remédio Tamiflu”. Segundo ele, a crise não
acabou. “O governo tomou medidas para ajudar aos banqueiros e patrões
com redução de IPI. A crise está sendo utilizada para manter a alta
rentabilidade das empresas”.
Paulinho,
da Força Sindical, e Wagner Gomes, da CTB, criaram uma polêmica durante
a manifestação ao dizerem que as centrais sindicais só conseguiriam que
suas reivindicações fossem cumpridas se caminhassem ao lado do governo.
Mancha,
representante da Conlutas Nacional, reafirmou a unidade das centrais,
que estão do lado dos trabalhadores e contra a política feita para
banqueiros apoiando o “Fora Sarney” e a luta das minorias por melhores
salários sem redução da jornada de trabalho. “A Conlutas luta por um
governo feito para o povo e a favor dos trabalhadores”, disse ele.
Por Bianca Pedrina - Conlutas
No Rio, protesto exige Petrobras totalmente estatal
Três
faixas da Avenida Rio Branco, no centro do Rio de Janeiro (RJ), foram
ocupadas pelos cerca de mil manifestantes. Os números são da Polícia
Militar.
Saindo
da Cinelândia, uma passeata foi até a frente do Edifício Sede da
Petrobras, onde acontece o ato político neste momento. A empresa fechou
os portões de entrada do prédio para impedir a entrada de manifestantes.
Estavam
representadas diversas centrais sindicais e outras organizações
políticas, como Conlutas, Intersindical, CUT, Frente Nacional dos
Petroleiros (FNP), FUP (Frente Única dos Petroleiros (FUP), Força
sindical, entre outras.
Um
dos principais temas do ato foi a campanha “O Petróleo tem que ser
nosso”. Eduardo Henrique Araujo, diretor do Sindipetro-RJ, disse que o
sistema de partilha para a produção do pré-sal que está sendo proposta
pelo governo Lula tem de ser combatida, pois “é contrária a tudo pelo
que estamos lutando há anos, por uma Petrobrás totalmente estatal”. Ele
defendeu também a anulação dos leilões que já foram realizados e a
volta das áreas exploradas por multinacionais às mãos do Estado.
A
gripe suína também foi assunto no protesto do Rio. A Conlutas defendeu
a quebra da patente do Tamiflu e a distribuição gratuita e irrestrita
aos doentes, bem como a urgente ampliação do orçamento para a saúde.
Fonte: Conlutas – RJ
Impeachment de Yeda marca dia de protestos em Porto Alegre
A
jornada nacional de lutas reuniu uma multidão na sexta-feira 14, em
Porto Alegre. Desde que o dia começou a clarear, os manifestantes
começaram a se reunir em diferentes pontos da capital gaúcha. Os
servidores públicos, organizados no Fórum dos Servidores Públicos
Estaduais, concentraram-se em frente ao Colégio Estadual Júlio de
Castilhos, o Julinho, para pedir o imediato afastamento da governadora
Yeda Crusius (PSDB), acusada de corrupção.
Por
volta de 9 horas, o grupo deixou as imediações do Julinho em direção ao
Palácio da Polícia, na esquina formada pelas avenidas Ipiranga e João
Pessoa. Nove bonecos em tamanho natural, representando os nove
indiciados pelo MPF foram algemados e levados até a porta principal do
Palácio.
Do
Palácio da Polícia a manifestação pelo Fora Yeda – Impeachment Já
seguiu em direção a outro palácio, o Piratini. Antes de chegar ao
centro da cidade, a passeata dos servidores ganhou a adesão de
estudantes da UFRGS. Na Praça da Matriz, servidores e estudantes
juntarem-se aos trabalhadores de outras categorias, organizados pelas
centrais sindicais. O afastamento de Yeda foi pedido através de faixas
e falas e também durante as falas dos manifestantes.
O
caso Yeda - No último dia 5, o Ministério Público Federal (MPF)
denunciou a governadora Yeda Crusius (PSDB) e outras oito pessoas como
réus numa ação civil pública, como resultado da Operação Rodin, que
apurou um desvio de R$ 44 milhões do Detran. Para os servidores, a
governadora não tem mais legitimidade política para continuar
governando o estado.
O
MPF denunciou o deputado federal José Otávio Germano, a governadora
Yeda Crusius e os deputados estaduais Luiz Fernando Záchia e Frederico
Antunes. Também foram indiciados João Luiz Vargas, presidente do
Tribunal de Contas do Estado, Delson Martini, ex-presidente da CEEE e
ex-secretário de Governo, Rubens Bordini, ex-tesoureiro da campanha da
governadora, Carlos Crusius, ex-marido de Yeda, e Walna Vilarins
Meneses, assessora da governadora.
Fonte: João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato
Trabalhadores protestam na Esplanada dos Ministérios em Brasília
As
bandeiras vermelhas também tomaram as ruas da Esplanada dos
Ministérios. Cerca de cinco mil trabalhadores realizaram uma
manifestação na manhã desta sexta-feira em frente ao Ministério do
Planejamento.
A
manifestação, organizada pelas centrais sindicais, foi reforçada pela
Jornada Nacional de Lutas do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) e da Via Campensina. Após uma marcha do estádio Mané
Garrincha até o Incra, onde os trabalhadores sem-terra fizeram uma
vigília, seguiram até a esplanada para juntar-se ao movimento sindical.
"A prioridade do governo diante da crise econômica
deve ser uma política de geração e defesa de empregos. Um programa
massivo de reforma agrária pode criar 360 mil empregos diretos para a
população do campo, por exemplo, além de garantir a soberania alimentar
no campo e na cidade", disse Vanderlei Martini, da coordenação nacional
do MST, ao Folha Online.
Fonte: Folha Online
Fábricas e via Dutra são paralisadas em SJCampos (SP)
O
Dia Nacional Unificado de Lutas em São José dos Campos iniciou com
passeatas, assembléias e greves em diferentes regiões da cidade e
interditou a Rodovia Presidente Dutra na manhã desta sexta-feira.
A
Conlutas e o Must (Movimento Urbano dos Sem Teto) reuniram cerca de 2
mil moradores da ocupação de sem-teto do Pinheirinho, e saíram em
marcha até a Rodovia Presidente Dutra, fechando a estrada por cerca de
40 minutos.
A
data, definida pela CONLUTAS e pelas demais centrais sindicais e
movimentos populares como um dia nacional de mobilizações, reúne
diferentes categorias de trabalhadores em campanha salarial e em
protesto contra os efeitos da crise econômica, as demissões e em defesa
das reivindicações da classe trabalhadora. Os protestos também têm sido
em defesa da quebra da patente do medicamento contra a gripe suína e
pela saída do presidente do Senado, José Sarney.
Com
faixas e bandeiras e até com um bonecão com uma máscara contra a gripe
suína, os moradores do Pinheirinho caminharam cerca de três quilômetros
até chegarem ao km 156 da Via Dutra, no trecho de São José dos Campos.
“A
crise está afetando diretamente a classe trabalhadora e a camada mais
pobre da população. Os empresários estão garantindo seus lucros à custa
de demissões e aumento da exploração. Com essas mobilizações, queremos
exigir que o governo Lula pare de dar dinheiro para os patrões e
garanta os direitos da classe trabalhadora, com estabilidade no emprego
e redução de jornada para 36 horas”, afirma o representante da
Conlutas, Adilson dos Santos, o Índio.
Greves
nas Chácaras Reunidas - Também como parte da mobilização neste Dia
Nacional Unificado de Lutas, trabalhadores metalúrgicos da Siber e
Delbras, nas Chácaras Reunidas, entraram em greve na manhã desta
sexta-feira para pressionar os patrões a negociar a PLR. Outras duas
fábricas – Mirage e RF Com – fizeram paralisações de duas horas.
Na
RF Com, os trabalhadores conseguiram pressionar a empresa a abrir
negociação da PLR. Após a paralisação, a direção propôs uma PLR de R$
400 – aprovada em seguida pelos metalúrgicos.
General
Motors impede assembleia - Já na General Motors (GM), a Polícia Militar
impediu, na madrugada desta sexta-feira, que carros do Sindicato dos
Metalúrgicos de São José dos Campos trafegassem pela avenida marginal
da Rodovia Presidente Dutra, que dá acesso à fábrica. A empresa também
desviou os ônibus que levavam os trabalhadores do 1º turno,
impedindo-os que participassem das manifestações pelo Dia Nacional de
Luta. Estavam programadas duas assembléias na fábrica.
“A
postura da GM é uma grave afronta à democracia e à organização
sindical. Participar de assembleias é um direito dos trabalhadores. O
autoritarismo da montadora, nesta manhã, mostra que a empresa já
percebeu que a categoria está insatisfeita e disposta a resistir aos
ataques patronais”, afirma o presidente do Sindicato, Vivaldo Moreira
Araújo.
Aposentados
e Conlutas fazem passeata - Cerca de 500 trabalhadores aposentados
também saíram em passeata pelas ruas centrais de São José dos Campos
por volta das 11h para protestar contra a política de arrocho dos
benefícios previdenciários, adotada pelo governo federal. A
manifestação foi organizada pela Associação Democrática dos Aposentados
e Pensionistas (ADMAP) e pela Conlutas.
Os aposentados reuniram-se na Praça Afonso Pena, fechando a rua 15 de Novembro, o principal corredor comercial da cidade.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de SJC
Construção civil pára em Belém e leva 2.500 trabalhadores as ruas
Uma
vitória dos trabalhadores da construção civil de Belém. O ato do dia 14
de agosto na capital paraense foi marcado pela mobilização da Conlutas
que passou nos canteiros de obras, mobilizando os operários deste setor
a pararem seus trabalhos e participarem da marcha que reunia além da
Conlutas, o MST e as centrais sindicais governistas que nenhuma
mobilização fizeram. Enquanto CUT e CTB estavam na Praça do Operário,
sem nenhuma mobilização, o Sindicato da Construção Civil de Belém,
ligado à Conlutas passava em obras chamando os trabalhadores a pararem
e participarem do ato: Resultado: aproximadamente 2.500 trabalhadores
da construção civil, abandonaram suas obras e seguiram na marcha junto
à Conlutas pelas principais ruas da Grande Belém. A mobilização começou
de manhã bem cedo. Várias obras importantes foram paradas. A cada obra
parada, vários trabalhadores se juntavam à caminhada e a passeata
ganhava mais força e animação. Nem o sol quente, que fazia na hora do
ato, foi capaz de desanimá-los.
Os
próprios trabalhadores exigiam que seus colegas de trabalho
abandonassem seus serviços e participassem do ato. A categoria em
Belém, está em plena campanha salarial. As principais propostas dos
trabalhadores estão ligadas ao piso salarial da categoria, aumento da
PLR, redução da jornada de trabalho, alimentação e vale digital.
Para
o servente de pedreiro Jurandir Silva que estava na passeata e trabalha
há 20 anos na construção civil, o ato de hoje foi de suma importância
para a categoria: “Nossos patrões só sabem ganhar enquanto muitos
companheiros perdem inclusive suas vidas no canteiro de obras. Espero
que com este ato a nossa campanha tenha sucesso”, disse.
O
ato dos trabalhadores da construção civil parou as principais ruas de
Belém, chamando a atenção de quem passava. Além da campanha salarial,
outros assuntos como o Fora Sarney, Gripe Suína e a Campanha contra a
Privatização da Água na cidade foram lembrados durante a caminhada. O
ato também foi importante porque denunciou a falsa propaganda do
governo com relação à crise econômica do “pior já passou”. Vários
trabalhadores da construção civil de Belém foram demitidos no último
semestre. Numa base, segundo o Sindicato, de 15 a 20 trabalhadores
demitidos por dia, no último mês.
O
ato também marcou a aliança operária-estudantil. Muitos estudantes de
Belém que foram para o CNE e hoje constroem a ANEL estavam presentes no
ato, passando em obras e mobilizando os trabalhadores da Construção
Civil. Um momento importante e decisivo marcou a vitória do ato: a
parada em frente à Federação das Indústrias do Estado do Pará- FIEPA.
Nesta entidade funciona o Sindicato da Patronal da Construção Civil. Os
trabalhadores pararam em frente à FIEPA e começaram a gritar palavras
de ordem. Pressionado, o diretor do Sindicato da Patronal Manuel
Pereira, o Maneco, chamou uma comissão para conversar e dizer que já
estava marcada a primeira rodada de negociação da categoria para o
próximo dia 18 de agosto.
Depois
da FIEPA, o ato dirigiu-se até o CAN e lá encontrou-se com o MST e as
outras centrais sindicais. No final do ato, os trabalhadores foram para
o sindicato onde foi servida uma gostosa feijoada para os trabalhadores
que comemoraram esse dia importante de luta que nas palavras de
Atnágoras Lopes, da Conlutas “foi uma grande vitória, especialmente
porque paralisou setores importantes da classe trabalhadora. Essa
campanha salarial será um sucesso, na lei ou na marra”, finalizou.
Fonte: Weelingta Macêdo
Em Piauí, manifestantes denunciam governo petista
O
protesto aconteceu na praça do Liceu, centro da cidade, com a
participação da Conlutas, CUT, CTB e MST. Várias entidades sindicais,
populares e estudantis participaram do evento.
A
Conlutas se fez presente com as bandeiras da redução da jornada de
trabalho, sem redução do trabalho; fora Sarney; apuração da denúncias
da EMGERPI no governo W. Dias (PT) e a defesa de aumento salarial para
os servidores públicos.
A CUT, apesar de
representar diversas entidades, com milhares de trabalhadores em sua
base, se fez presente somente com algumas dezenas de pessoas. A
Conlutas estava até mais representada no ato.
O
ponto alto da manifestação foram as máscaras cirúrgicas levadas pelos
militantes da Conlutas em denúncia ao caos da saúde pública no governo
Lula, que deixa irresponsavelmente a população a mercê da pandemia da
gripe A.
Fonte: Gervásio - Coordenação Estadual da Conlutas Piauí
Conlutas Sul-Fluminense-RJ mobiliza operários de montadoras e siderúrgicas
Mobilização nas montadoras e siderúrgicas em Volta Redonda (RJ)
Os dias que
antecederam o 14 de Agosto na região Sul Fluminense, foram marcados por
mobilizações nas bases das montadoras de carros e siderúrgicas. No dia
13 de agosto, a oposição metalúrgica, foi ao município de Resende
distribuir o panfleto nacional da CONLUTAS nos portões da Volkswagen,
localizada a margem da rodovia Dutra. Foram cerca de 25 ônibus que se
enfileiravam na saída da empresa, dando a oportunidade dos metalúrgicos
pegarem o material pela janela dos coletivos. No dia anterior, foi a
vez da Peugeot localizada no município de Porto Real.
Na
área das siderúrgicas, a CSN, maior empresa do ramo na América Latina,
foi mobilizada em seus 4 portões centrais, tendo sido distribuído algo
em torno de 10 mil panfletos, que abarcam tanto metalúrgicos como
operários da construção civil. No início da semana foi distribuído
panfleto na siderúrgica SBM-Votorantim, com sede na cidade de Barra
Mansa. Aproveitou-se para denunciar o ritmo excessivo de trabalho e a
morte recente de dois operários na linha de produção.
O
dia 14 de Agosto foi marcado por uma mobilização unitária na entrada
principal da CSN (passarela superior), chamando bastante atenção dos
trabalhadores o discurso das péssimas condições de trabalho no interior
da usina e a necessidade de reestatizar empresas como a EMBRAER, VALE e
CSN. Em seguida, militantes da CONLUTAS do Sul Fluminense distribuiram
panfletos no centro de Volta Redonda (Viaduto Nossa Senhora das Graças
no Aterrado), chamando a população a entrar na briga nacional promovida
pelos movimentos sociais.
Infelizmente,
um dos principais sindicatos da região, o de metalúrgico, dirigido pela
CTB, apesar de ter distribuído um panfleto na frente da CSN em apoio ao
dia 14 de agosto (somente no dia), na realidade não jogou nenhum peso,
muito menos convocou a base para protestar.
Atos que ocorreram na categoria bancária promovidas pelo MNOB
No RN, paralisações do BB/Alecrim e Caixa Potiguar além do dia de preto e mobilização nas agências centrais de Natal.
No
MA houve uma passeata da Praça Pedro II até o BB Deodoro onde aconteceu
um ato com o lançamento da campanha salarial alternativa.
Em Bauru, houve paralisação de duas agências do Santander e ato em todas as unidades bancárias do centro da cidade.
Em
São Paulo, paralisações de uma hora com atos nos complexos São João e
Verbo Divino do BB ás 10:30h, 12h e 17 horas, assim como dia de preto
na Caixa.
Manifestação e dia de preto na Cef da Barroso e paralisação de duas horas no complexo Andaraí do BB no Rio de Janeiro.
1.500 traballadores ganham as ruas de Fortaleza
Na
capital cearense, o dia 14 de agosto foi muito superior ao 30 de março.
Tivemos não apenas um dia de mobilizações, mas também de paralisações.
Estas ocorreram na construção civil, professores municipais e
Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Na
construção civil, a atividade de paralisação se deu na Praça do Jardim
América, terminal de onde se desloca cerca de 1000 operários em direção
a alguns canteiros de obra centrais. No caso dos professores
municipais, a categoria parou por 24 de horas, dias depois de suspender
uma greve de meses. Finalmente, na UECE, professores e estudantes
pararam a universidade para exigir concurso público.
Essas
greves parciais juntaram as suas forças com as centrais sindicais, o
MST e o Movimento dos Conselhos Popualres (MCP) e ganharam as ruas de
Fortaleza. Aproximadamente, 1500 trabalhadores participaram da
manifestação unificada.
Além
das bandeiras nacionais, cumpriu um papel de peso a bandeira de luta
contra a COELCE (empresa estatal de energia privatizada para os gringos
ainda no governo do coronel Tasso Jereissati). Em frente da empresa, a
multidão radicalizada colocou abaixo os portões da distribuidora de
energia e conseguiu que uma comissão adentrasse o patio interno e
negociasse às reivindicações do movimento que, dentre outras coisas,
luta pela reestatização da empresa.
Campinas SP
Na
região de Campinas, no interior paulista, a principal atividade foi uma
manifestação em frente à Refinaria do Planalto Paulista (Replan),
combinada com uma luta local contra a instalação de pedágios nas
estradas da região. Estiveram representados Conlutas, CUT,
Intersindical, MST, MTST, DCE Unicamp e DCE PUC.
Além
destes, marcaram presença os partidos políticos PSTU, PSOL e PCB e
alguns vereadores e deputados. Representantes de sindicatos da região
falaram durante o ato, como de Petroleiros, Construção Civil,
Metalúrgicos, Rodoviários e Químicos Unificados.
O
ato reuniu cerca de 350 pessoas que conseguiram chegar ao local. A
estrada em frente à Replan foi parada por aproximadamente três horas,
até que a tropa de choque chegou. Não chegou a haver confronto. Um juiz
de Paulínia expediu um mandado de prisão contra um diretor do sindicato
dos petroleiros, mas não apareceu ninguém para executar o mandado.
O
eixo da maioria das falas foi o pedágio. Muitos vereadores da região,
bem como os comitês contra o pedágio de Paulínia e Cosmópolis se
pronunciaram.
Um representante da CUT antecipou o debate eleitoral e fez campanha contra o PSDB no estado.
Silvia
Ferraro, em nome do PSTU, defendeu a campanha pela queda do presidente
do Senado, José Sarney. Ela também reprovou a forma como o governo Lula
vem tratando o problema da gripe suína, pondo em risco a vida da
população, principalmente dos trabalhadores e dos mais pobres. Sílvia
também repudiou o golpe militar em Honduras.
Marcos
Margarido, representando a Conlutas, também defendeu o “Fora Sarney”.
Ele condenou, ainda, as demissões e a retirada de direitos que vêm
ocorrendo em função da crise. Margarido disse que é necessário e
urgente que os trabalhadores exijam que Lula edite uma medida
provisória que garanta estabilidade no emprego. Por fim, ele lembrou a
decisão do TST contra os trabalhadores da Embraer, afirmando a
importância da unidade e da mobilização para resistir aos ataques dos
patrões.
Leia aqui como foi o Dia nacional Unificado de Lutas em Salvador