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Fórum das ADs é recebido pelo Governo



 A ADUNEB e demais representantes do Fórum das ADs e ANDES-SN finalmente foram recebidos pelo Secretário Estadual da Educação, Osvaldo Barreto Filho. Em pauta estavam as reivindicações da categoria docente 2012. A reunião, que aconteceu nesta terça-feira, 30.10, já vinha sendo solicitada pelos professores desde o mês de junho (leia mais), mas só foi realizada depois que o Movimento Docente das Universidades Estaduais Baianas (UEBA) mostrou força, criou uma agenda de mobilização e paralisou as atividades acadêmicas na semana passada, 24.10.

Além do Secretário da Educação, na reunião estiveram presentes mais seis membros do governo, entre eles o Secretário Estadual de Relações Institucionais, Paulo César Lisboa; o Coordenador da CODES, Nildon Pitombo; o Superintendente de Recursos Humanos da SAEB, Adriano Tambone; e o Chefe de Gabinete da SAEB, Edelvino Góes. Representando o Fórum dos Reitores das UEBA marcou presença o Reitor da Uefs, José Carlos Barreto. A ADUNEB foi representada pelas professoras e Diretoras Executivas Zózina Almeida, que também é a coordenadora do Fórum das ADs, e Maria do Socorro Ferreira.
 
Sobre o item da pauta referente ao reajuste salarial, apesar das ADs já terem protocolado na SEC o documento com as reivindicações desde 14 de junho deste ano, o Secretário da Educação, Osvaldo Barreto, se recusou a iniciar naquele momento um debate técnico sobre o assunto. Mas informou que o governo tem estudado o tema e realizado pesquisas salariais. Adriano Tambone, da SAEB, agendou junto aos professores das ADs duas reuniões técnicas que acontecerão em 29 de novembro e 18 de dezembro, na SEC. Esses trabalhos serão preparatórios para a instalação de uma mesa de negociações em 8 de janeiro de 2013. 
 
Já sobre a questão da pauta referente à autonomia universitária, Barreto afirmou que devido às greves que o governo Wagner enfrentou este ano, a agenda que seria para tratar sobre o assunto está paralisada, mas a expectativa é que o processo seja retomado em breve.  
 
Segundo o Movimento Docente, o salário dos professores das UEBA é o mais baixo do Nordeste, mesmo a Bahia possuindo o maior Produto Interno Bruto (PIB) da região. A escassez de recursos financeiros destinados pelo governo Wagner à educação resulta no sucateamento da universidade pública. Atualmente, o repasse dos recursos financeiros para as Universidades Estaduais Baianas não chega a 5% da Receita Líquida de Impostos (RLI), o que obriga às Instituições de Ensino a pleitearem suplementação de verba para suprir as demandas de custeio e investimento em ensino, pesquisa e extensão.