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Especial 1° Congresso da CSP - CONLUTAS




Entre os dias 27 a 30 de abril, será realizado, em Sumaré (SP), o 1° Congresso da CSP-Conlutas que reunirá delegados do Brasil inteiro, entre trabalhadores das diversas categorias como professores, bancários, metalúrgicos, operários da construção civil, correios e etc., estudantes e ativistas do movimento popular. 

Com o tema “Avançar na organização de base”, o congresso pretende debater a organização nos locais de trabalho como instrumento fundamental para que haja democracia nas entidades e no movimento, bem como uma ferramenta para combater a burocratização que afeta ou pode afetar muitas organizações. O congresso deverá, ainda, aprovar ações políticas para o próximo período.

O ANDES-SN e suas seções sindicais são filiadas a esta central que nasceu do processo de reorganização sindical no país, aberto a partir da cooptação e da adaptação das centrais majoritárias ao Estado e ao governo Lula, a exemplo da CUT. A construção de uma entidade classista, combativa, baseada na democracia operária, que reúne não apenas sindicatos, mas também movimentos populares, organizações estudantis e movimentos de luta contras as opressões, foi uma resposta a este processo. O objetivo era apontar uma alternativa a CUT/CTB que deixaram de ser importantes instrumentos da classe trabalhadora para se tornar braço direito do governo, e impedir a dispersão de setores que já haviam rompido com estas entidades.

A ADUNEB enviará delegados e observadores para participar do Congresso.

A Central se fortaleceu na luta direta!
 

A História da CSP-Conlutas, apesar de recente, é marcada por significativas experiências e já demonstrou o seu importante papel na luta de classe.

A CSP Conlutas – Central Sindical e Popular foi fundada no Congresso Nacional da Classe Trabalhadora – CONCLAT, em 2010. Da Coordenação Nacional de Lutas – CONLUTAS, que se organizava desde 2004, veio a maior parte da base sindical da nova entidade e, junto com ela, a vitoriosa iniciativa de aglutinar em uma mesma central os sindicatos, movimentos populares, organizações estudantis e movimentos contra opressão. No CONCLAT, O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e o MTL (Movimento Terra, Trabalho e Liberdade) passaram também a compor a nova central. Desde então, a CSP Conlutas continua a sua política de fortalecer a unidade da classe trabalhadora, buscando sempre aglutinar  mais setores.

Conclat, junho de 2010 (foto: Jesus Carlos)
A composição da nova central demonstra que ela se forjou na luta direta dos trabalhadores. A luta dos servidores públicos em 2003 contra a reforma da Previdência foi o marco inicial para este novo projeto. Na época, a experiência com a CUT e o governo iniciou um processo de ruptura com as centrais sindicais majoritárias. Neste contexto, realizou-se um Encontro Sindical em Luziânia (GO), por fora das centrais chapa-branca, para preparar a luta contras as reformas neoliberais do governo. No encontro, formou-se a Coordenação Nacional de Lutas com o objetivo de impulsionar e unificar as lutas dos trabalhadores em todo o país contra os ataques do governo Lula. Em 2006, a Conlutas tornou-se oficialmente uma central sindical e popular no Congresso Nacional dos Trabalhadores. Em 2010, como vimos, se unificou com outras entidades e fundou a nova Central Sindical e Popular CSP – Conlutas com o objetivo de fortalecer um pólo alternativo para os trabalhadores brasileiros.

Durante todo esse período, onde existiu luta no Brasil, a central esteve presente. Desde as greves nos canteiros de obra da construção civil e no chão das fábricas, nas lutas dos professores e estudantes; nas campanhas salariais de diversas categorias às mobilizações populares por moradia e contra os desalojamentos. A central, ainda, encampou importantes campanhas de solidariedade internacional, reafirmando o internacionalismo como bandeira fundamental para o fim da exploração. A campanha pela Retirada das Tropas da ONU no Haiti, ocupação comandada pelas tropas do governo brasileiro, tomou cada canto do país e teve papel crucial para desmistificar o discurso de ocupação humanitária e dar voz às organizações dos trabalhadores do Haiti.

Fortalecer esta entidade é, portanto, fortalecer uma alternativa de luta, classista, internacionalista, democrática e autônoma. Uma organização que preserva a autonomia financeira em relação aos patrões e governo; que resgata o classismo em contraponto à conciliação de classe e ao pacto social; que privilegia os métodos de luta direta da classe trabalhadora e mantém a democracia de base e a independência frente aos patrões e governos como princípios para sua atuação política. É por isso que o ANDES-SN e a ADUNEB fazem parte desta história!


I Encontro de Mulheres da CSP – Conlutas ocorrerá na véspera do Congresso


No dia 27 de abril, um dia antes do Congresso da CSP Conlutas, vai acontecer o 1º Encontro de Mulheres da CSP Conlutas que discutirá a situação das mulheres trabalhadoras no Brasil e as experiências de organização das mulheres em diversas categorias.  O objetivo é fortalecer a participação feminina nos movimentos sociais e a batalha para que as bandeiras específicas das mulheres sejam permanentemente incorporadas pelas organizações dos trabalhadores.



Ato encerrará o Congresso


O encerramento do congresso da CSP-CONLUTAS refletirá a trajetória da central ao longo desses anos. No dia 1° de maio, dia internacional dos trabalhadores, ocorrerá um ato nacional classista com a presença dos sindicatos, movimentos populares e entidades estudantis de todo o Brasil. O ato, que fechará o congresso, resgatará o caráter de luta da data, levantando as bandeiras do movimento sindical e popular.