Notícias

Em reunião com Governo, Movimento Docente cobra cumprimento do Termo de Compromisso



Na tarde de ontem, o Fórum das ADs, representantes dos técnicos e representações estudantis se reuniram com o Governo (SERIN, CODES e SAEB) com o objetivo de discutir e buscar soluções para os efeitos do Decreto 12.583 nas Universidades. Esta foi a segunda rodada de reunião após a assinatura do Termo de Compromisso, fruto da greve docente. No entanto, muitos problemas seguem sem solução.

Na ocasião, o coordenador do Fórum das ADs destacou que processos de mudança de regime de trabalho seguem paralisados, professores e servidores ainda encontram dificuldades de financiamento para apresentação de trabalhos no exterior e as UEBA enfrentam problemas na contratação de professores substitutos, o que também dificulta a liberação de professores para qualificação.

Na reunião, o Governo reconheceu os problemas estruturais das UEBA. “Há uma conjuntura de problemas nas universidades estaduais que ultrapassam os limites do decreto”, afirmou Emilson Pial, da Secretaria de Relações Institucionais (SERIN). No entanto, apesar do reconhecimento dos problemas, os representantes do Governo demonstraram total desconhecimento sobre a realidade das UEBA.  O Governo afirmou não está preparado para as reuniões e que precisaria de mais tempo para levantar e estudar os dados sobre a situação das Universidades. Até o dia 29 de agosto, o Governo deve dar uma resposta sobre o estudo e marcar uma nova reunião. As ADs irão enviar, até a próxima sexta-feira, a lista de processos de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho que estão paralisados, o que depende do repasse da administração central de cada Universidade.

A pauta dos estudantes, especificamente a rubrica para permanência estudantil, mais uma vez, foi adiada pelo Governo. Os representantes do executivo afirmaram não ter nenhuma resposta e que esta negociação deveria ser feita com os Reitores. Assim como na última reunião, o Governo se comprometeu a agendar uma reunião para discutir, exclusivamente, a pauta estudantil. Os técnicos – administrativos cobraram a negociação das suas pautas de reivindicação que inclui a regulamentação da Lei 11.375, referente ao plano de carreira da categoria.

O movimento docente foi contundente ao afirmar que estas reuniões sobre o Decreto não eram para negociar os seus impactos, mas para buscar soluções e impedir que as Universidades sejam afetadas pelo contingenciamento. As ADs resgataram que este foi o objetivo do  acordo estabelecido no Termo de Compromisso há dois meses.