Notícias

Intransigência e autoritarismo: governo se retira da mesa de negociação



Na última mesa de negociação, 27 de maio, o governador cumpriu a sua chantagem e interrompeu as negociações com o movimento docente. Conforme anunciado por email, o governo se retiraria da mesa setorial caso o movimento não aceitasse a última proposta apresentada. Esta atitude demonstrou que o governo não tem disposição para o diálogo e, portanto, para uma negociação de fato. Apesar de toda disposição do movimento docente em negociar, os representantes do Executivo afirmaram  que não teriam mais propostas a apresentar.

A última proposta apresentada pelo governo foi rejeitada pelas assembleias dos docentes da UNEB, UESC e UESB e pelo comando de greve da UEFS (assembleia da UEFS ocorrerá hoje). Para a categoria, a nova proposta não representou nenhum avanço nas negociações, pois manteve a mordaça no Acordo Salarial e não abria discussão sobre o Decreto 12.583/11. Além disso, a nova proposta não respeitou as discussões feitas nas negociações, uma vez que o texto apresentado oficialmente divergia do texto discutido em acordo entre governo e movimento docente  na mesa do dia 25 de maio (veja aqui).

Para o movimento docente, é necessário intensificar as mobilizações para garantir a reabertura das negociações. Com este objetivo, amanhã, 31 de maio, os professores das 4 Universidades Estaduais, em unidade com estudantes e técnicos, realizarão um grande ato em frente a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), às 10h. Caravanas do interior da Bahia já saíram das suas cidades para fortalecer o ato e  cobrar do governo a retomada das negociações.