Estudantes de Fisioterapia do campus I entram greve
Nesta terça feira, dia 9 de junho, os estudantes de fisioterapia do campus I, Salvador, entraram em greve por tempo indeterminado contra a falta de professores e a estrutura precária do curso.
Segundo o Comunicado Oficial dos estudantes de fisioterapia, não há nenhum professor efetivo da área específica do curso e os professores visitantes que havia (cinco no total), 3 foram exonerados e 2 suspensos, deixando o quadro de docentes do curso “vazio”.
“Hoje, o curso de fisioterapia tem turmas no oitavo semestre sem nenhum professor concursado. A inexistência de uma clínica escola e de laboratórios específicos dificulta o aprendizado prático doa alunos além de impossibilitar a oferta de serviços gratuitos à comunidade. Não possuímos acervo bibliográfico e nem estágio curricular”, afirma comunicado.
A situação de descaso do governo do Estado e da Reitoria com o curso de fisioterapia não é de hoje. O curso recebeu sua primeira turma no segundo semestre do ano de 2005, iniciando suas atividades em 2006. Criado e implantado sem o devido planejamento, o curso de fisioterapia não possuía condições mínimas para funcionar: os estudantes foram recebidos sem salas de aula e sem nenhum professor fisioterapeuta concursado, sem laboratórios e todo o déficit que a Universidade já apresentava ao longo de seus 26 anos.
Segundo a estudante Adriana Unfried, hoje o curso está parado por falta de condições básicas imprescindíveis para seu funcionamento. “Já tivemos várias reuniões com o Reitor e nada foi resolvido. Estamos em greve porque queremos estudar!”, afirma a estudante.
A situação do curso de Fisioterapia na UNEB não é isolada. Estudantes de Caetité, Guanambi e Bom Jesus da Lapa permaneceram 73 dias em greve pela ampliação do quadro docente, e há 18 dias estudantes do campus de Barreiras estão paralisados por melhores condições de ensino.