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ADUNEB-Mail
ADUNEB-Mail 2012 – Edição 448 (26/11/12)
 MD protesta contra estrangulamento orçamentário das UEBA
 
Parlamentares da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) e o governo Wagner comprovaram, mais uma vez, a força do Movimento Docente (MD) da ADUNEB, das demais ADs e do ANDES-SN, na última quinta-feira, 22.11. Por meio de uma reivindicação pacífica e organizada, professores, estudantes, técnicos-administrativos e simpatizantes à luta docente pela qualidade da educação ocuparam a frente da ALBA. Foram cerca de 200 pessoas, com faixas, bandeiras, camisas e gritos de ordem em prol do ensino público e contra o estrangulamento orçamentário das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). Na ocasião também aconteceu a segunda paralisação das atividades acadêmicas das universidades estaduais durante todo o dia. 
 

Mobilização ocupa a frente da ALBA
 
Tanto o Ato quanto a paralisação deram continuidade ao calendário de mobilização da pauta de reivindicações da categoria docente 2012. Em frente à Assembleia, os professores denunciaram o corte efetuado pelo governo Wagner para os orçamentos de 2013 das UEBA. No caso da Uneb, segundo dados da Pró-Reitoria de Planejamento, o valor necessário para suprir as demandas da instituição seria de R$ 411.160.600,00 milhões, mas o publicado pelo governo foi R$ 337.698.358,00, ou seja, um corte orçamentário de R$ 73.462.242,00 milhões.
 
Pressão ao governo
 
A atividade na ALBA teve como um dos objetivos sensibilizar os deputados a aprovarem emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que compensem os cortes efetuados ao orçamento solicitado pelas universidades estaduais para o próximo ano. Durante o Ato Público, um documento solicitando a elaboração das emendas foi entregue às lideranças políticas da Casa Legislativa. A carta foi assinada por representantes das ADs, ANDES-SN, Sindicato dos Técnicos-Administrativos e Movimento Estudantil. 
 
Entre os políticos que receberam o documento, a presidente da Comissão de Educação, deputada Kelly Magalhães, se comprometeu, perante uma comissão formada por professores, técnicos e estudantes, a criar as emendas à LDO. Já o líder do governo, deputado José Neto, depois de utilizar o velho e desgastado discurso governista de que o Estado possui recursos financeiros limitados, prometeu que irá debater o assunto e avançar no diálogo sobre o tema. Vale ressaltar que a Bahia possui o maior PIB do Nordeste. Sabemos, até mesmo pela experiência com tantos governos negligentes com a educação de modo geral, e com o ensino superior em particular, nesse contexto ideológico neoliberal que orienta as ações de governos descomprometidos, que a questão dos recursos para o ensino superior não é por falta de dinheiro, mas de escolha de prioridades. E, convenhamos, educação para o Governo Wagner, não é essencial. 
 

Comissão entrega documento ao líder do governo
 
E é exatamente por não ser prioridade do governo baiano, que o Movimento Docente continuará alerta e lutando pela educação pública superior de qualidade e pelos direitos da categoria. É sempre importante lembrar que o MD é formado pelo movimento de cada docente, o que parece óbvio, mas não é. Para que o movimento seja docente você, professor, tem que se movimentar conosco. Aí sim: o movimento fica cada vez mais docente, mais poderoso, mais saboroso e mais contente, porque ganha uma força maior para fazer frente aos desafios que a luta impõe na construção permanente de uma universidade que seja verdadeiramente pública, gratuita e de qualidade, tanto nos aspectos acadêmicos quanto no cuidado com seus atores sociais, estudantes, funcionários e professores. A política autoritária de contingenciamento imposta pelo Estado, precariza todo o trabalho acadêmico desenvolvido nas UEBA, desperdiçando esforços hercúleos que são feitos por docentes, estudantes e funcionários nos campos do ensino, da pesquisa e da extensão. É preciso estar atento para essa arapuca: o governo asfixia financeiramente a universidade pública baiana e, aproveitando-se dessa precarização, constrói o discurso ideológico de que a universidade estatal baiana não cumpre suas funções, legitimando sua precarização em função do bode expiatório por eles escolhido para isso: o professor, que se encontra entre os piores salários da Região Nordeste. 
 
 
AG escolhe representantes para Encontro das UEBA
 
A ADUNEB realizou Assembleia Geral Ordinária Docente na última sexta-feira, 23.11. A atividade aconteceu no auditório da Associação, Campus I, Salvador. Na pauta constava a indicação de representantes para XI Encontro Estadual dos Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), que acontecerá de 30 de novembro a 02 de dezembro, na Uneb da Capital Baiana, no Auditório Jurandir Oliveira – Departamento de Educação.
 
Durante a Assembleia foram definidos os primeiros representantes da ADUNEB. Como cada AD poderá ter o número máximo de 25 docentes com direito a voz e voto, os professores presentes na assembleia autorizaram que a diretoria receba inscrições por e-mail até o dia 27 de novembro, às 23h59, através do endereço: aduneb@atarde.com.br. Serão priorizados dois critérios de seleção: a ordem de chegada dos e-mails solicitando inscrição e a preferência de um nome por Campus até a complementação da lista. Para os representantes, o transporte, alimentação e hospedagem durante o evento serão pagos pela ADUNEB. Para mais informações solicita-se que os mesmos entrem em contato com Ana Moreira – Assessoria Financeira do Sindicato. A Assembleia também definiu em 12 o número máximo de observadores. 
 
Neste ano os temas norteadores do Encontro são financiamento, gestão democrática, carreira e saúde do trabalhador docente. O Encontro acontece a cada dois anos e é um momento ímpar para que os professores das UEBA possam trocar experiências, discutir os desafios, o futuro da carreira docente e fortalecer ainda mais o MD. Veja a programação do Encontro.
 
Antes do encerramento a Assembleia também aprovou a criação de um fórum interno de docentes para discutir a realidade da Uneb e os problemas específicos que afetam os professores da Instituição. As discussões sobre o assunto avançarão na próxima AG.

 
Militante Síria faz palestra na ADUNEB
 
A ADUNEB trouxe a Salvador, na última sexta-feira, 23.11, a militante da resistência Síria, Sara Al-Suri. A palestra “A Primavera Árabe e a guerra civil na Síria” lotou o auditório da Associação e teve o apoio da CSP-Conlutas – Regional Bahia e da Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre (ANEL).
 
Al-Suri é exilada política, tem mandado de prisão decretado em seu país e vive no Líbano. No Brasil desde o início de novembro, ela percorre vários estados brasileiros com a missão de alertar sobre a realidade da política ditatorial na Síria e arrecadar apoio financeiro ao movimento de resistência daquele país. Entre outros assuntos, a ativista falou sobre a ditadura imposta por Bashar Al-Assad, a atual conjuntura política do Oriente Médio, o importante papel da mulher na revolução Síria e a política americana de interferência no mundo árabe.
 
A Síria está sob ditadura há 40 anos. Historicamente era um país de produção agrícola. Segundo Sara Al-Suri, o governo de Al-Assad, com o objetivo de estreitar relações com o Fundo Monetário Internacional e a Organização Mundial do Comércio, se voltou contra a política de economia familiar, transformando assim, o sistema econômico sírio em uma economia rentista, baseada entre outros itens, no mercado financeiro e na exploração do turismo. Foi o governo Al-Assad que criou a bolsa de valores do país. Graças a essa política de privilégio ao capital, hoje, cerca de 70% daquela nação é baseada sobre a égide da economia privada.
 
Primavera Árabe
 
Incentivado pelas revoltas populares, ocorridas em 2010, em países do Oriente Médio como Egito e Líbia, que derrubaram regimes ditatoriais; em janeiro de 2011, o povo sírio ocupou as ruas contra a política de Bashar Al-Assad. Foi um momento histórico denominado de Primavera Árabe. Desde então, os rebeldes sírios resistem contra o exército, bombardeios, assassinatos em massa e todo o poder bélico do governo. 
 
Al-Suri relata que apesar da intensa brutalidade do governo, o antigo conformismo da população se transformou em indignação e resistência. Atualmente, em todo o país, militantes rebeldes enfrentam as tropas governamentais, criam organismos revolucionários e colocam suas vidas em risco em defesa da democracia e da liberdade. 
 
A ADUNEB apoia a causa Síria. O exemplo da Primavera Árabe, a luta da população do Oriente Médio contra a opressão mostra que a causa dos trabalhadores é mundial. Apoiar a luta Síria é apoiar, sobretudo, a luta mundial dos trabalhadores por uma sociedade mais igualitária.
 
A militante Sara Al-Suri e o jornalista e tradutor Aldo Saudo


Docentes do Campus IV propõem Semana de Mobilização

 
Os docentes do Campus IV realizaram assembleia no dia 21.11. Além dos professores, a reunião contou com a participação do diretor José Carlos Araújo e de estudantes do Curso de História. Em debate estavam assuntos como a paralisação acadêmica das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), no dia 22.11; problemas relativos à categoria docente, como a compra de passagens e deslocamento de professores para o próximo semestre; e a necessidade de debater e repensar a Uneb enquanto universidade estadual pública. Representando a ADUNEB estava  um dos diretores executivos da Associação.    
 
As discussões levaram os presentes na assembleia a concluir que é necessário debater a Uneb, seu modelo, a forma de gestão, o financiamento e as políticas que estão sendo delineadas para os próximos anos, inclusive e, principalmente, sua regionalização. Segundo os professores, é preciso conhecer melhor a universidade, seu funcionamento, como as propostas são delineadas e como decisões são tomadas pelos gestores, a fim de identificar erros, acertos e construir, efetiva e continuamente, uma universidade sem patrimonialismo, com transparência, democrática, em que o direito público impere sobre o direito privado.
 
Diante das questões levantadas a assembleia propôs a criação da 1ª Semana de Mobilização do Campus IV, a acontecer durante a primeira semana de aula do próximo semestre. O objetivo será debater sobre os rumos da universidade pública superior gratuita, refletir sobre a regionalização da Uneb, e discutir sobre a pesquisa e a extensão no Campus de Jacobina e na Uneb. Ainda houve prestação de solidariedade aos funcionários terceirizados do Campus que estão há alguns meses sem receber salário, o que caracteriza mais uma forma de desrespeito a quem trabalha, a quem mais precisa da sua remuneração para cobrir despesas essenciais. 
 
A próxima assembleia docente no Campus IV será dia 05 de dezembro. 
 
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