Aduneb-Mail

ADUNEB-Mail 2017 – Edição 723 (27/10/17)

 Fórum das ADs avança no indicativo de greve e aponta calendário de novembro

Indicativo de greve é aprovado nas Ueba e reunião do Fórum indica paralisação estadual em novembro

Dando continuidade aos próximos passos do indicativo de greve, ocorreu na última segunda-feira (23) na Uesb a reunião ordinária do Fórum das ADs. O espaço fez avaliações sobre a conjuntura estadual, criticou o descaso do governo Rui Costa e apontou o calendário de ações do próximo período. Com o objetivo de demover o Governo do Estado da sua postura intransigente, foi indicado o dia estadual de paralisação, com atos locais, para o dia 28 de novembro. A proposta já foi aprovada em assembleia de docentes da Uneb e deverá ser apreciada nas próximas assembleias da Adufs, Adusb e Adusc.

Indicativo de greve e pauta estadual

Diante da inflexibilidade e ausência de diálogo do governo, os professores das quatro universidades estaduais aprovaram o indicativo de greve em assembleias da Uesb, Uesc, Uefs e Uneb. A construção da radicalização pela categoria foi uma reação ao silêncio diante de mais de 10 meses silêncio do governo sobre pauta protocolada. As indignações dos professores dizem respeito ao arrocho salarial, não garantia de promoções, progressões, mudança de regime de trabalho, crise orçamentária das Ueba entre outras questões relacionadas ao sucateamento da educação e direitos trabalhistas.
                                                                                                                                             Foto: Ascom Fórum das ADs

Reunião em Vitória da Conquista, em 23 de outubro

Leia aqui mais sobre a pauta de reivindicações 2017. 

Na agenda desse mês foi indicada a continuidade do Ciclo de Seminários Temáticos das Universidades Estaduais da Bahia. As próximas rodadas serão na Uesc e Uefs entre os dias 13 e 16 de novembro, respectivamente. Além disso, foi encaminhando o fortalecimento da campanha de mídia com publicação de notas nos jornais, outdoors e lançamento do jingle nas rádios. Foi tirada também a construção de novos panfletos e um boletim que amplie a divulgação dos números das perdas salariais e do desmonte das Ueba.

A orientação do Fórum foi de fortalecer a pauta estadual em diálogo com a pauta nacional. Na avaliação dos docentes, o ajuste fiscal estadual do governo petista tem relações indissociáveis com o cenário de retirada de direitos e o ajuste fiscal do governo Michel Temer (PMDB). Nesse sentido, as Associações Docentes também apontaram a incorporação das seções sindicais nas atividades de mobilização do dia 10 de novembro, que será um dia nacional de luta e resistência contra a aplicação da reforma trabalhista.

Pressão rumo à greve

Na leitura do Fórum, a mobilização precisa continuar forte e em uma crescente do movimento paredista. Para Vamberto Ferreira, atual coordenador do Fórum das ADs, é preciso unir forças de toda comunidade acadêmica pela sobrevivência das universidades. “A hora de lutar é agora. Não haverá recuo até o governo não atender as nossas reivindicações. Dinheiro tem, o que falta é o governador dar prioridade a educação”, afirmou o professor.

As contas mostram a Bahia como o quinto estado mais rico do país. Os números oficiais indicam folga em relação ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas ainda assim o governo se recusa a aumentar os recursos para a educação pública e garantir os direitos trabalhistas.

A próxima reunião do Fórum ocorrerá no dia 13 de novembro às 9h na Universidade Estadual de Santa Cruz.Confira o calendário do mês de novembro.


 
Apesar da repressão, Frente Nacional em Defesa do Ensino Público Superior é lançada no RJ

Docentes da ADUNEB estiveram presentes na manifestação, que foi reprimida com bombas de gás pelo governo Pezão
                                                                                                                                                                                 Foto: Redes sociais

 Professoras da ADUNEB juntas a docentes do ANDES-SN durante o ato público

 Professores, estudantes, representantes de movimentos sindicais, sociais e outras organizações políticas participaram nesta quinta-feira (19), no Rio de Janeiro, do lançamento da Frente Nacional em Defesa das Instituições Púbicas de Ensino Superior. A atividade, que contou com uma passeata contra o fechamento da Uerj, Uenf e Uezo, sofreu repressão militar do governo Pezão. A manifestação e a construção da frente foi organizada conjuntamente por diversos sindicatos, coletivos estudantis e centrais sindicais. ANDES-SN e CSP-Conlutas tiveram efetiva participação na organização do ato. Três professoras da ADUNEB estiveram presentes no protesto, representando o sindicato, e somaram forças em defesa da educação pública. A concentração ocorreu na Uerj, Campus Maracanã. Durante a atividade um manifesto (leia aqui) foi divulgado, assinado por diversas entidades.
                                                                                                                          Foto: CSP-Conlutas
 
Manifestação pacífica

Em entrevista à Agência Brasil a presidente do ANDES-SN, Eblin Farage, explicou a importância da Frente Nacional que acaba de ser lançada. “É uma iniciativa que surgiu em decorrência dos ataques que as universidades públicas estão sofrendo em todo o país. Inicialmente, iríamos focar na defesa das universidades estaduais, mas avaliamos que a situação preocupa todo o ensino superior. Vivemos um contexto de pagamentos atrasados, promoções e progressões congeladas, aumento da alíquota da contribuição previdenciária e imposição de carreiras prejudiciais aos servidores", afirmou Eblin. Durante a conversa com a imprensa, a presidente ainda ressaltou a atual agenda de mobilização: “Precisamos organizar esse calendário de lutas no qual, no dia 27, os servidores públicos ocupem as ruas, e que culmine no dia 10 de novembro num grande dia de lutas, com greves e paralisações", finalizou. 
                                                                                                                               Foto: CSP-Conlutas
 
Presidente do ANDES-SN, Eblin Farage, em discurso durante o ato público

Violência

A passeata pacífica, em favor da educação pública e gratuita, foi reprimida pela PM, que jogou bombas de gás sob a ordem do governo Pezão. Uma das professoras atingidas por duas bombas, sendo que uma delas estourou embaixo de seus pés, foi Sara Granemann (UFRJ), uma das mais conceituadas pesquisadoras do país sobre sistemas previdenciários. Em sua página em uma rede social ela comentou: “Apenas havíamos saído para a rua, em uma passeata alegre, grande e bela e a polícia começou a jogar bomba. A segunda delas caiu-me ao lado e corri para atravessar a rua, mas os carros não demonstravam muita paciência e aí uma nova bomba me estourou no pé. Seus estilhaços queimaram-me a pele e o gás desatinou-me. Companheiros técnicos ajudaram-me na travessia da via e para longe da fumaça tóxica das bombas químicas”.                                                                   
                                                                                            Foto: Luiz Fernando Nabuco (Aduff-SSind)
 
Reprimidos por bombas de gás

Ainda sob efeito da agressão sofrida, com tontura, náusea e dor de cabeça, no final da sexta-feira (21), a professora Sara gentilmente atendeu a reportagem da ADUNEB, após retornar do hospital, onde passou por nova avaliação médica. “Gostaria de reforçar que o ocorrido não nos tirará da luta. Continuaremos a defender a educação pública gratuita e a classe trabalhadora brasileira”, frisou a docente. 
                                                                                              Foto: Arquivo pessoal Sara Granemann
 
Parte da roupa da profa. Sara Granemann, queimada pelas bombas da PM

A diretoria da ADUNEB repudia a violência da PM do governador Pezão. Ao mesmo tempo, manifesta total solidariedade à professora Sara Granemann e aos demais manifestantes agredidos pelo Estado do Rio de Janeiro. 

Fonte: ANDES-SN e Jornal O Dia 


NOTA DE REPÚDIO À AÇÃO TRUCULENTA DA POLÍCIA DO RIO DE JANEIRO

  No dia 19 de outubro realizamos um ato público na cidade do Rio de Janeiro como parte do Dia Nacional em Defesa da Educação Pública, na ocasião também foi lançada a Frente Nacional em Defesa das Instituições de Ensino Superior Públicas.

  Essa manifestação, que reuniu professore(a)s, técnico(a)s administrativo(a)s, estudantes universitário(a)s e secundaristas, saiu em marcha da UERJ em direção ao IFE no Maracanã. No percurso da passeata, que transcorria tranquila, apenas com falas de entidades e manifestantes e palavras de ordem, dois policiais começaram a tirar bombas de suas mochilas e atirar na manifestação ferindo algumas pessoas, inclusive chamuscando as roupas de uma professora da UFRJ presente no ato, tão próximos estavam os policiais do(a)s manifestantes quando atiraram as bombas de gás.

  A truculência, enquanto método privilegiado da polícia do Rio de Janeiro e do restante do Brasil, no trato com as manifestações públicas de trabalhadore(a)s e contra os segmentos mais subalternizados do país vem se configurando como arma intimidatória e inibitória que busca cercear os direitos de manifestação e de expressão num flagrante atentado às conquistas democráticas da população, direitos esses duramente arrancados na luta contra a ditadura empresarial militar que por mais de vinte anos dominou nosso país.

  Conclamamos a todas as entidades, organizações e movimentos a se manifestarem contra esse tipo de ação policial que impõe a violência de estado, e na atual conjuntura de polarização social, tende a fazer parte da rotina de nossos atos e manifestações. 

  Repudiamos toda forma de atuação violenta da polícia militar e exigimos uma imediata mudança de postura do estado frente ao nosso direito de expressão e manifestações, exigimos ainda a apuração de responsabilidades sobre o ocorrido; de quem partiu a ordem, e a punição dos mesmos e dos policiais envolvidos e identificados na truculenta ação contra o movimento, ação tão fartamente documentada em fotos e vídeos.

  Basta de violência contra o(a)s trabalhadore(a)s. Apuração dos fatos e punição aos que ordenaram e executaram a ação truculenta contra o ato do dia 19 de  outubro de 2017 no Rio de Janeiro. 

Direção Nacional do ANDES-SN


Debate sobre a escravidão ontem e hoje no Brasil acontece nesta segunda-feira (30) na Ufba

A próxima segunda-feira (30) acontece no salão nobre da reitoria da Ufba o debate “A escravidão ontem e hoje no Brasil”. A atividade será realizada às 18h e terá na mesa os professores João Reis (História Ufba) e Vitor Filgueiras (Economia Ufba). A organização conjunta do debate é do CRH, PPGSC e NEC, todos da Ufba. O evento conta com o apoio da reitoria da Universidade Federal da Bahia. A entrada é gratuita e aberta a todos os interessados.
 
 
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